Encontro Nacional reforça mobilização dos empregados da Caixa por isonomia

Bancários
da Caixa de todo o país se reuniram neste sábado, dia 30, em
Brasília, para o 3º Encontro Nacional de Isonomia. Os trabalhadores
aprovaram uma série de ações para reforçar a luta pela igualdade
de direitos entre novos e antigos empregados da Caixa, entre elas, a
realização de um Dia Nacional de Luta em 11 de setembro,
quinta-feira da próxima semana.

Para a secretária de Bancos
Públicos do Sindicato, Daniella Almeida, o Encontro foi muito
importante para reaquecer a luta pela isonomia de direitos na Caixa.
“O Encontro também aprovou a criação de um
calendário
permanente de luta, que prevê encontros estaduais, regionais e
nacionais durante o ano
inteiro.
Também definimos aumentar a pressão sobre o Congresso Nacional,
onde tramita o projeto de lei 6.259/2005, que prevê isonomia entre
os empregados da Caixa, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Banco da
Amazônia”, conta a dirigente.

Além de Daniella,
representaram Pernambuco, no Encontro Nacional, Adriana Vieira de
Barros Correia (agência Olinda), Carlos Antonio Pereira da Silva
(agência Conde da Boa Vista), Eudo Cavalcanti de Almeida Monteiro
(Av. Guararapes) e Patrícia Coutinho (Caxangá). A
delegação pernambucana
foi
eleita
no Encontro Estadual de Isonomia, realizado pelo Sindicato no dia 7
de agosto (leia aqui).

>> Confira todas as resoluções do 3º Encontro Nacional de Isonomia 

Prioridade
A isonomia
de direitos entre os empregos novos e antigos da Caixa é uma das
prioridades da Campanha Nacional dos Bancários deste ano. Na última
rodada de negociações com a Caixa, realizada na sexta-feira
passada, dia 29, o banco voltou a negar a reivindicação (leia
aqui).

A
luta pela isonomia, lembra Daniella, começou no final dos anos 90,
quando o presidente Fernando Henrique Cardoso retirou uma série de
direitos dos novos empregados da Caixa e dos demais bancos públicos,
visando a privatização dessas empresas.

“Ao longo da
última década, reconquistamos a grande maioria dos direitos
retirados pelo governo FHC. Na Caixa, hoje, só faltam garantir a
volta do Adicional por Tempo de Serviço (ATS), conhecido como
anuênio, e a licença-prêmio”, explica Daniella.

Corrigir
as injustiças –

Na parte da manhã, o debate no encontro nacional contou com a
participação da deputada federal Érika Kokay (PT/DF), que também
é bancária da Caixa. Ela falou sobre a tramitação do PL 6.259,
arquivado e desarquivado duas vezes e atualmente parado na Comissão
de Finanças e Tributação da Câmara.

A deputada também foi
veemente na crítica à falta de isonomia entre os trabalhadores dos
bancos públicos federais. Segundo ela, os direitos dos bancários
foram usurpados dentro da lógica de destruição das empresas
estatais, sempre contestada pelo movimento dos trabalhadores. Nesse
caso, segundo a parlamentar, o objetivo era implantar a terceirização
indiscriminada no serviço público, com a consequente flexibilização
do trabalho.

Erika afirmou ainda que “se a Caixa é a
maior articuladora das políticas públicas do país, é importante
que seja desconstruída toda essa lógica privatista, já
que mudou o modelo de o governo encarar a Caixa”.

Pressão
sobre o governo –
Dois dias antes do Encontro, a Contraf-CUT
e os sindicatos entregaram ao ministro Gilberto Carvalho, da
Secretaria Geral da Presidência da República, ofício no qual
reforçam a defesa pela isonomia de direitos entre empregados dos
bancos e de outras empresas públicas federais. Os representantes dos
bancários também solicitaram ações para que as diversas esferas
do governo federal revejam posição sobre o tema. O ministro
Gilberto Carvalho prometeu conversar sobre o assunto com a ministra
do Planejamento, Miriam Belchior, e com a presidenta Dilma Rousseff
(leia mais
aqui).

Cartilha – Os
delegados da terceira edição do Encontro Nacional de Isonomia
receberam uma cartilha que detalha a luta por isonomia entre
empregados da Caixa, com foco no ATS e na licença-prêmio (clique
aquipara ler).

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