Clientes e bancários se unem em ato da Campanha Nacional nas agências de Piedade e Prazeres

Em mais um dia de
mobilização da Campanha Nacional dos Bancários, a caravana do
Sindicato percorreu agências de Prazeres e Piedade, em Jaboatão dos
Guararapes. Em todas elas, contou com o apoio e a solidariedade dos
clientes. Muitos deles intervinham na apresentação teatral e
ajudavam a puxar a corda no cabo de guerra contra os banqueiros. Em
algumas unidades, os bancários interromperam momentaneamente o
trabalho para participar da atividade.

Para o diretor do
Sindicato, Josenildo Santos (Fio), foi um momento muito positivo de
diálogo com a população e com os trabalhadores. “A sociedade já
compreende que são os banqueiros os responsáveis por uma eventual
greve. Todos os anos, a gente precisa de muita pressão dos bancários
para avançar nas negociações”, diz.

Nesta quarta e
quinta, dias 27 e 28, está ocorrendo, em São Paulo, mais uma rodada
de negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos),
desta vez sobre igualdade de oportunidades e segurança. Nas reuniões
anteriores, sobre saúde e condições de trabalho, não houve
avanços e os bancos se negaram a discutir metas abusivas (leia mais
aqui).

Caixa insalubre – Assim como na semana
anterior, foi na Caixa Econômica Federal, desta vez em Piedade, que
a caravana do Sindicato encontrou o pior cenário. Cliente do banco,
Joaquim Oliveira conta que chegara, no dia anterior, às 9 horas no
banco e já estava lotado. “Voltei pra casa e hoje estou de novo
aqui. Quando a fila é ‘pequena’, a gente perde, no mínimo, 40
minutos aqui”, diz ele.

Um funcionário, que preferiu não
se identificar, denunciou a precariedade da situação. Lesionado e
com mais de 30 anos de banco, ele afirmou: “Em todo este tempo em
que estou na Caixa, eu nunca pensei que fosse trabalhar tanto. Tem
gerente, tem gente de outros setores… todo mundo ajudando. Mas a
situação é cada vez pior”.

Luta é de todos – No
Santander de Prazeres, um pequeno impasse atrasou o início da
atividade. O gestor da agência reclamou de um ato realizado no mês
de junho, que incluía uma paródia com críticas aos problemas do
banco, e dificultou a entrada. “Na minha casa, não vou permitir
que se fale mal do Santander”, chegou a afirmar.

Para o
secretário de Bancos Privados do Sindicato, Geraldo Times, é
preciso que os gerentes se reconheçam também como trabalhadores e
percebam que a luta é por todos, inclusive por eles. “O que a
gente está denunciando é uma política do banco de não valorizar
seus empregados, que contribuem para os imensos lucros da empresa,
20% dos quais obtidos no Brasil. O que a gente está denunciando é a
política de não contratar, de demitir, de cobrar metas abusivas. E
isso interessa a todos, gerentes inclusive”, diz Geraldo.

Passado
o impasse, a atividade transcorreu normalmente no interior da
agência. Em Prazeres, a caravana visitou, ainda, o Banco do Brasil e
o Bradesco. Em Piedade, além da Caixa, houve ato no HSBC, BNB e
Itaú. Em todas as unidades, a apresentação teatral, com os atores
Beto Filho, Itacy Henriques, Raul Elvis, Nady Oliveira e Reinaldo
Patrício, arrancou aplausos de clientes e bancários.

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