Nenhuma resposta
concreta foi apresentada pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB) na
primeira rodada de negociação específica da Campanha Nacional
2014. A reunião foi realizada nesta segunda-feira, dia 25, e
discutiu as reivindicações dos funcionários sobre saúde,
segurança e condições de trabalho.
A exemplo das demais
instituições – Caixa, Banco do Brasil e Fenaban (Federação
Nacional dos Bancos), o Banco do Nordeste apenas escutou as queixas e
demandas dos trabalhadores e disse que levaria para avaliação.
“Se não houver pressão, o diálogo não avança. É isso
o que os bancos mostram todos os anos e não está sendo diferente na
Campanha de 2014”, afirma o diretor do Sindicato Fernando Batata,
que representa Pernambuco na Comissão Nacional dos Empregados.
Na
rodada desta segunda, o diálogo foi com o novo diretor de Gestão de
Pessoas da empresa. Os representantes dos bancários iniciaram a
conversa cobrando compromissos que foram assumidos nos acordos
aditivos anteriores e que ainda não foram cumpridos. São os casos
do Vale-cultura, ponto eletrônico e PCR (Plano de Carreiras e
Remuneração). “Informamos, inclusive, que vamos cobrar
judicialmente o cumprimento destes compromissos”, diz Batata.
Entre os pontos de destaque na reunião desta segunda estão
o combate ao assédio moral e o fim da cobrança de metas abusivas. A
Comissão dos Funcionários apresentou ao BNB uma gravação que
mostra como um gestor reuniu toda equipe em uma sala para expor um
bancário por que ele cumpria a jornada de seis horas e se recusava a
fazer hora extra. O representante do banco limitou-se a escutar os
argumentos. Afirmou que avaliaria as demandas dos trabalhadores e
agendou novas rodadas de negociação.
As reivindicações
sobre igualdade de oportunidades e emprego serão debatidas no dia 5
de setembro. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o piso
serão negociados no dia 12 de setembro. A última rodada agendada,
para o dia 15, discutirá o PCR (Plano de Carreiras e Remuneração e
Plano de Funções).