Mudança no Plano de Previdência do Bradesco é prejuízo para o trabalhador

A
mudança no Plano de Previdência do Bradesco foi o foco de discussões no
segundo
dia de reunião da COE Nordeste Bradesco (Comissão de Organização dos
Empregados do Nordeste), realizada
na sede do Sindicato.
O novo modelo, definido unilateralmente pelo banco, foi analisado com
profundidade pelos participantes.

O debate contou com a
presença do especialista
em previdência complementar, José Ricardo Sasseron, que é
vice-presidente da Associação Nacional dos Participantes dos Fundos
de Pensão (Anapar) e ex-diretor eleito da Previ, o fundo de pensão
dos funcionários do Banco do Brasil.

Segundo
Sasseron, as mudanças impostas pelo banco representam retrocesso
para os trabalhadores. O plano antigo tem uma taxa de juros cravada
em 5%. Ao abrir a possibilidade de redução desta taxa, o benefício
a ser recebido pelo trabalhador na hora da aposentadoria diminui
muito.

“Um por cento de redução nos juros significa 20% a
menos no benefício. O banco percebeu que a tendência é que a
rentabilidade não seja suficiente para cobrir esta taxa e que,
portanto, futuramente, teria que fazer um aporte maior. Com as
mudanças, ele se livra do
risco e transfere os
prejuízos para o
trabalhador”, avalia
Sasseron.

Segundo a secretária de Finanças do Sindicato,
Suzineide Rodrigues, que representa Pernambuco na COE Bradesco, os
integrantes da comissão de empregados já solicitaram ao banco uma
reunião para discutir o assunto.

“Mas o Bradesco se recusa
a negociar as mudanças. Achamos importante que os funcionários do
banco tenham uma previdência complementar, com participação
dos trabalhadores na gestão do plano. Estamos avaliando as próximas
ações”, afirma Suzi.

>> Representantes dos funcionários decidem reforçar a mobilização

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