Foi pré-lançada neste domingo (27), na 16ª Conferência Nacional dos Bancários, a segunda edição da cartilha Assédio Sexual no Trabalho, parte da campanha de prevenção e combate ao assédio sexual nos bancos. Para a secretária da Mulher do Sindicato, Sandra Trajano, que integra o Coletivo Nacional de Bancárias, os casos de assédio sexual tem crescido assustadoramente. “É importante que cada um de nós se aproprie do conteúdo desta cartilha para que possamos dar respaldo às denúncias e apoio às vítimas”, diz
A cartilha mostra de forma didática o que é e como se dá o assédio sexual no trabalho, as consequências para as mulheres, que muitas vezes perdem o emprego por dizer não ao assediador, questões legais envolvidas e os impactos no ambiente de trabalho e sobre saúde mental da mulher assediada.
“O tema tem forte apelo na sociedade, a opressão à mulher é parte do cotidiano das trabalhadoras. Passa pela violência doméstica, pelo assédio sexual no transporte público e os ambientes de trabalho também não saem ilesos disso. As bancárias, além de muitas vezes terem sua imagem usada para a venda de produtos, também estão expostas ao assédio sexual por parte de superiores hierárquicos”, afirma Deise Recoaro, secretária de Mulheres da Contraf-CUT e coordenadora do Coletivo Nacional de Mulheres.
Foram impressos 90 mil exemplares, que serão distribuídos conforme a demanda dos sindicatos. A Contraf-CUT orienta as entidade sindicais a realizarem eventos de lançamento da cartilha com a participação de entidades da sociedade civil e ampla divulgação do tema.