Está
oficialmente lançado
o Comitê dos Bancários pela Reforma Política. Com ato em frente à
sede da entidade, os diretores distribuíram material informativo e conversaram
com transeuntes; deram início ao debate e, de forma festiva,
cantaram a música tema da campanha, composta por Xandó e Marquinhos
de Jucurutu: “O povo quer estar no poder, o povo quer
participar. Por isso vamos construir o Plebiscito
Popular”.
Participaram do ato o vereador de Olinda, Marcelo
Santa Cruz; o integrante do Consulta Popular e professor da UFPE e
UFPB, Roberto Éfrem; além de representantes de outras categorias,
como metalúrgicos e professores. “Essa é uma discussão que
interessa à toda sociedade. Saúde, educação, transporte público…
para melhorar tudo isso é preciso que a gente mude
nosso sistema político”, afirmou a presidenta do Sindicato,
Jaqueline Mello.
Para
o vereador Marcelo Santa Cruz, é fundamental que se repense, entre
outras coisas, as formas de participação popular. “Hoje nossa
democracia se limita à democracia representativa, em que se elege os
representantes nos poderes legislativo e executivo. Mas a democracia
direta não existe: conseguir aprovar um projeto de iniciativa popular é
praticamente impossível, um plebiscito tem que ser realizado por
iniciativa do Congresso… enfim, é essencial que a gente aperfeiçoe
as maneiras de participação do povo na política”, afirmou.
Público
ou privado
– O
financiamento das campanhas foi abordado em todas as falas. Um a um,
os participantes do ato criticaram o poder das construtoras, dos
banqueiros, das empreiteiras, do agronegócio e de todos os que
financiam campanhas para, depois, decidirem
o
que é importante para a cidade, em detrimento do interesse público.
Enoque
Amâncio, que compõe a chapa de oposição do Sindicato dos
Metalúrgicos de Pernambuco, citou exemplo de uma fábrica, em Belo Jardim, que
apesar
de ser altamente poluente, prejudicar a população e causar inúmeros
transtornos, permanece impune pois é uma das principais
financiadoras de campanhas políticas.
O
vereador Marcelo Santa Cruz citou o caso do projeto Novo Recife, que
pretende construir doze torres no Cais José Estelita. Apesar de
várias irregularidades, o projeto já avançou em muitas etapas, pois
as construtoras destinam somas altíssimas para financiamento de
campanhas.
A
secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, lembrou
que também os banqueiros são grandes financiadores e, por isso, não
têm qualquer responsabilidade social. “E quem não tem o apoio
desta grande iniciativa
privada, não se elege. Por isso, o trabalhador, o movimento popular,
a mulher e a maioria do povo brasileiro está fora do poder”, diz.
O diretor do Sindicato, Ronaldo Cordeiro completa: “Mais de 70% do
nosso parlamento é formado por empresários e latifundiários, ou
seja, o Congresso não nos representa”.
Soberania
popular
– Para
Roberto Éfrem, do Consulta Popular, o que os movimentos populares e
sindicais estão trazendo à tona é a necessidade de se repensar o
sistema político. “Esta iniciativa não vai partir do Congresso
Nacional, que se beneficia desta organização. Tem que existir um
plebiscito que aprove a instalação de uma assembleia constituinte
exclusiva e soberana, ou seja, representantes do povo que sejam
escolhidos com o único objetivo de repensar o sistema político. E,
para aqueles que argumentam que isso é inconstitucional, eu digo que
nossa constituição prima pela soberania popular”.
A
campanha do
Plebiscito Popular pela Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema
Político vem
sendo realizada nacionalmente por movimentos sociais, sindicais e
populares. O objetivo é coletar 10 milhões de votos em todo o
Brasil para instalar uma Assembleia Constituinte exclusiva para fazer
a reforma política.
Atualmente,
já foram construídos mais de 500 comitês populares em todo o
Brasil. “Agora, vamos levar essa discussão a cada agência,
mobilizar colegas, conversar com a população, realizar eventos e
debates. E, de 1 a 7 de setembro, quando a população será
consultada se é a favor de que se mudem as leis do sistema político,
responderemos
SIM à pergunta:
–
Você
é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema
Político?”,
afirma
o secretário de Bancos Privados do Sindicato, Geraldo Times.
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