Bancos recuam e se comprometem a detalhar os dados sobre adoecimento dos bancários

O Comando Nacional dos
Bancários reuniu-se com a Federação Brasileira dos Bancos
(Fenaban), na tarde desta segunda-feira (21), em São Paulo, para
discutir o adoecimento da categoria bancária e as causas de
afastamento do trabalho. O grupo de discussão com representantes dos
sindicatos e dos bancos é uma conquista da Campanha Nacional de
2013.

Durante a reunião desta segunda, os bancos se
comprometeram a dar informações mais detalhadas sobre afastamentos
que geraram benefícios previdenciários, tanto de acidentes de
trabalhos como por problemas de saúde.

De acordo com o
secretário de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade, que
representa os bancários de Pernambuco no grupo, a Fenaban apresentou
alguns dados na reunião desta segunda, mas eles foram considerados
insuficientes. “Apesar disso, os dados já mostram que a categoria
continua adoecendo pelos velhos motivos conhecidos: LER/Dort e
transtornos mentais”, diz Wellington.

A Fenaban apresentou
dados sobre bancários que trabalhavam em dez capitais brasileiras
mais a cidade de Osasco e estavam afastados por motivo de doença no
dia 31 de agosto de 2013. O levantamento aponta que mais de 50% dos
afastados sofriam com Lesões por Esforço Repetitivo (LER),
Distúrbios Osteomusculuares Relacionados ao Trabalho (Dort) ou por
algum transtorno mental.

Para Wellington, a reunião desta
segunda representa um avanço, pois a Fenaban demonstrou interesse em
apresentador os dados solicitados pelos representantes dos
trabalhadores – o que não tinha acontecido antes.

O
Comando Nacional dos Bancários solicitou à entidade patronal a
apresentação, dentro de 30 dias, das CIDs (Classificações
Internacionais de Doença) dos bancários afastados que participaram
da pesquisa.

Nesta terça-feira (22), haverá uma nova
reunião com os mesmos participantes para que seja definida a
metologia do banco de dados que a Fenaban se comprometeu a elaborar.
Quando estiver pronto, esse banco de dados será entregue ao
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese) para que faça as devidas avaliações. “Com a pesquisa na
mão, elaboraremos os programas de promoção da saúde dos
trabalhadores bancários”, completou Wellington.

Combate
ao assédio moral
Na próxima quinta-feira (24), às
15h, haverá nova reunião com a Fenaban, desta vez para avaliar o
instrumento de prevenção e combate ao assédio moral, previsto em
acordos firmados entre sindicatos e bancos aderentes, conforme
estabelece a cláusula 56ª da Convenção Coletiva, conquistada na
Campanha Nacional de 2010. Pelo instrumento, os bancários podem
fazer denúncias aos sindicatos. O denunciante deve se identificar
somente para a entidade para que possa receber o devido retorno do
banco.  

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