IBGE demite 169 trabalhadores em greve

Em greve desde o dia 26 de maio, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística, denuncia a postura do IBGE com os grevistas.

169 demissões de funcionários temporários já ocorreram, mesmo com o STF afirmando que o direito a greve e elas vem ocorrendo nos estados em que a adesão foi maior: Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraíba e Alagoas. Porém, o Sindicato tem informações de que a qualquer momento os desligamentos podem chegar a outros estados.

Entre as pautas da greve, está a situação dos temporários, que chegam a ser 60% do quadro do IBGE hoje e ganham até quatro vezes menos que os concursados. O sindicato também denuncia o abuso da lei 8745/93, que possibilita que o Estado contrate sem concurso, mas apenas para necessidades excepcionais – epidemias, censos, catástrofes.

Condições de trabalho e falta de pessoal – O sindicato argumenta que há uma crise em curso no IBGE. Dentre os pontos chaves estão o esvaziamento do quadro técnico e a precarização do trabalho, em que funcionários de carreira são trocados por temporários, que ganham pouco menos de um salário mínimo.

Outro ponto levantado é que cerca de 4 mil funcionários irão se aposentar nos próximos anos e que não há a reposição correta perante a concursos. O Sindicato chama a atenção para os baixos salários pagos pelo instituto que faz com que trabalhadores busquem melhores condições de trabalho e remuneração em outros órgãos públicos.

Falta de diálogo – O sindicato também afirmou que, mesmo com as articulações com o Ministério do Trabalho avançadas, a negociação está estagnada pois a presidente do instituto, Wasmália Bivar, declarou guerra aos grevistas, impedindo as negociações e conseguindo uma liminar que obriga a continuidade de 70% dos trabalhos durante a greve. 

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