Bancários
pernambucanos querem aumento real de
salários,
fim das metas abusivas e do assédio moral.
É o que revela a consulta aplicada pelo
Sindicato
entre os meses de junho e julho para
estabelecer as prioridades da categoria para a Campanha Nacional
deste ano.
“Os resultados, dos vários estados do país, serão
levados à Conferência Nacional dos Bancários, de
25 a 27 de julho, e servirão como base para elaboração da pauta
de reivindicações da categoria”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.
Foram
colhidas as opiniões de 1.165 bancários, que responderam sobre suas
prioridades quanto à
remuneração, emprego, saúde, condições de trabalho e segurança
bancária. Além disso, eles falaram sobre sua disposição para
participar da Campanha e sobre temas mais abrangentes, como
reestruturação do sistema financeiro, reforma política e
democratização da comunicação.
Mais de 40% dos
trabalhadores estabeleceram como prioridade o aumento real no que se
refere à remuneração fixa direta. Já a melhoria na cesta
alimentação é citada por 38,1% dos consultados quando se trata da
remuneração indireta. Na remuneração variável, mais da metade
acha que a prioridade é melhorar a PLR (Participação
nos Lucros e Resultados).
Para o emprego, a prioridade é a defesa da jornada de seis
horas para todos, citada por 25,9% dos bancários. O fim das
demissões e a igualdade de oportunidades na contratação também
foram considerados importantes, respectivamente com 21,6% e 20% das
respostas.
No quesito saúde e condições de trabalho, o fim
das metas abusivas e do assédio moral estão no topo das
prioridades, citados por, respectivamente, 42,6% e 40,4%. E no que
diz respeito à
segurança bancária, 29,5% dos trabalhadores consultados priorizam a
conquista de adicional de risco de 30% nas agências, postos e
tesouraria; e 21,3% defendem, como prioridade, a instalação de
vidros blindados nas agências.
Disposição
para a luta
– Apenas 4,5% dos consultados afirmaram que não iam participar da
Campanha Nacional. Mais
de 95% dos bancários garantiram
sua
participação, com destaque para as assembleias e greve.
A
Consulta revela, ainda, que mais de 72% dos bancários acham a
regulamentação do sistema financeiro muito importante; quase 80%
são favoráveis à discussão sobre democratização da mídia; e
mais de 80% defendem uma reforma política que ponha fim ao
financiamento empresarial das campanhas eleitorais.
Em
relação ao Projeto de Lei (PL) 4330, ainda há muito
desconhecimento: 67,5,% não sabia que ele continua tramitando na
Câmara e que há iniciativas semelhantes no Senado e no Supremo
Tribunal de Justiça. O PL 4330 pretende regulamentar a terceirização
ilegal
no
Brasil, de forma a possibilitar a contração de terceirizados em
todas as áreas de trabalho, inclusive áreas-fim.
Doentes
– A Consulta revelou também uma situação alarmante nos bancos no
que diz respeito à saúde do trabalhador. Dentre os consultados,
mais de 25% se afastou do trabalho por motivo de doença nos últimos
12 meses e mais de 20% fez uso de medicação controlada.