O Coletivo Estadual de Igualdade Racial, coordenado pela Secretaria de Igualdade Racial da CUT-PE se reuniu, nesta quarta-feira (9), com representantes do Sintepe, Sinteepe, Sindacs, Sindmetro, Sindsprev, Sindsaúde e dos Bancários. Em pauta a reestruturação do segmento em Pernambuco que pretende contribuir na elaboração de políticas que possam eliminar o preconceito, a desigualdade e o racismo do Brasil.
De acordo com a secretária de Igualdade Racial, Joanita Cavalcanti, o combate ao racismo é um desafio permanente a ser enfrentado pelo movimento sindical, além de lutar pela igualdade nas relações de trabalho e social de modo geral. A sindicalista acrescentou ainda que a proposta fundamental é trabalhar com organizações do movimento negro, nas negociações coletivas, nos diálogos com suas bases e lideranças sindicais e em instâncias dos governos para tornar realidade à igualdade racial no Estado e no Brasil..
Segundo a recente Nota Técnica Vidas Perdidas e Racismo no Brasilpublicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada(Ipea), o negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e pela cor de pele. Isso explicaria a maior ocorrência de homicídios de negros em relação ao resto da população, em uma proporção de 2,4 para cada branco e índio. A taxa de assassinatos de negros no Brasil é de 36 mortes por 100 mil negros — entre não negros, esta taxa é de 15,2. Os baixos níveis educacionais deixam a população negra entre os mais pobres do país, enquanto 64,42% dos não negros estão entre os 50% mais ricos do Brasil, a maior parte dos negros (55,28%) está entre os 50% mais pobres.
A próxima reunião do Coletivo Estadual Antirracismo está agendada para o dia 31 de julho, às 09h, na sede da CUT-PE, em Santo Amaro, no Recife.