O Sindicato reintegrou
mais uma bancária. Desta vez, a uma agência do Santander, no
Recife. A funcionária, que pediu para manter o nome preservado, foi
demitida sob o argumento de que não estava alcançando as metas
estabelecidas pela instituição. No entanto, ela possuía doenças
ocupacionais e não poderia ser demitida.
A demissão ocorreu
em março e a reintegração, por antecipação de tutela, na semana
passada. A bancária ressalta que o Sindicato foi fundamental no
processo de reintegração. “Recebi as orientações de como
deveria proceder e o apoio necessário em um momento de fragilidade
emocional”, conta a bancária, que ainda está de licença pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Há mais de um
ano, ela sentia dores nos ombros. Um exame médico havia mostrado que
ela possuía Lesão por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) nos ombros. A
bancária conta que não fez o tratamento adequado por estar muito
envolvida na rotina de trabalho. “Era uma dor constante, mas, como
não me paralisava, fui levando”, afirma.
Após a demissão,
novos exames mostraram que, além de o quadro dos ombros ter piorado,
a bancária também apresentava LER e DORT nos punhos. “Todo mundo
me dizia que os funcionários só representavam números para os
bancos, ainda assim eu me dedicava muito. Agora, senti na pele que
isso é verdade”, lamenta a bancária.
Ela trabalha em
bancos há mais de 20 anos, e há quase 4, no Santander. Trabalhava
em outro estado do Nordeste e, no ano passado, foi transferida para o
Recife. “Meus resultados eram tão bons que, quando pedi a
transferência, consegui também uma promoção”, afirma.
A
bancária conta que, nos primeiros meses de 2013, não conseguiu
bater as metas da agência recifense, mas que melhorou os resultados
no segundo semestre. “Não entendo porque eles me demitiram,
alegando baixa produção, pois eu já estava batendo algumas metas”,
completa a bancária, que foi acompanhada em sua reintegração pelo diretor do Sindicato Luiz Henrique.