A aposentada Joana
D’Arc Sobral Pacheco, de 91 anos, é mais uma vítima fatal da falta
de segurança nos bancos. Ela morreu após ser baleada em uma
tentativa de assalto à agência do Banco do Brasil do Shopping
Guararapes, em Jaboatão, nesta segunda-feira, dia 2 (leia aqui).
Segundo informações da Folha de Pernambuco, a vítima levou
um tiro no abdômen e estava internada no Hospital da Restauração,
onde chegou em estado grave e passou por cirurgia. A idosa morreu
pouco depois das 19h desta segunda-feira.
Outras cinco
pessoas ficaram feridas durante o tiroteio, que ocorreu no
estacionamento Shopping. Natanan Vieira Barros, 27 anos, que levou um
tiro na região lombar e permanece com a bala alojada no tórax, está
no Hospital da Restauração, no Recife. Para lá também foram
encaminhados os vigilantes José Amaro da Silva, 54 – que teve
ferimentos no braço, na perna e no abdômen – e José Fernando da
Silva, 47, ferido no lado esquerdo do rosto. O último já recebeu
alta médica e os demais se encontram estáveis.
Outra vítima,
Maria de Lourdes da Silva, de 55 anos, teve uma perfuração leve no
antebraço e foi encaminhada para o Hospital Dom Helder Câmara, no
Cabo de Santo Agostinho. Ela também já foi liberada. Já o terceiro
vigilante, Deyvson Carlos Feitosa, 29 anos, passou por cirurgia no
Hospital Otávio de Freitas e se encontra estável. Ele teve uma
fratura no fêmur.
Dor e revolta – A neta de Joana,
Vanessa Pacheco, lamentou para a Folha de Pernambuco que uma
atividade cotidiana da idosa tenha terminado de forma tão trágica.
A aposentada morava nas proximidades do centro de compras e tinha o
costume de passear pela área todos os dias. “Ela já era conhecida
de todos lá. Sempre aparecia para tomar um café e comprar revistas.
Era a rotina dela, que preferia não caminhar na rua por causa da
falta de segurança. O shopping, para ela, era seguro”,
relatou.
Ainda segundo parentes da vítima, que era viúva e
vivia sozinha, dona Joana era uma pessoa muito saudável e animada.
Natural do estado de Sergipe, tinha escolhido Pernambuco como lar
havia 60 anos. “Ela sempre vai ser lembrada pela alegria que
passava. Meu sonho era contar com ela no dia do meu casamento”,
revelou Vanessa, emocionada.
Imersos na dor, os parentes de
dona Joana ainda não sabem se vão recorrer à Justiça por conta do
ocorrido. “Mas insistimos que não pode acontecer o que
aconteceu ontem: carros-fortes abastecendo um banco em plena luz do
dia. Isso tem que ser rediscutido”, completou a neta da vítima.