Sindicato reintegra mais uma bancária demitida pelo Itaú com doença ocupacional

O Sindicato garantiu
mais uma reintegração; desta vez, de uma bancária demitida
ilegalmente pelo Itaú. A funcionária, que pediu para preservar o
seu nome, sofria com infecções urinárias e crise renal. Quando
foi solicitar a terceira licença, foi demitida. No entanto, ela
também sofria com uma série de doenças ocupacionais, que
caracterizaram a demissão ilegal. Assim, a Justiça do Trabalho
determinou sua reintegração um ano e três meses após a
dispensa.

A bancária havia sido vítima de dois assaltos à
agência em que trabalhava, em um período de um ano. “Não tive
assistência jurídica do banco quando fui fazer o reconhecimento dos
suspeitos nem quando participei do julgamento como testemunha”,
conta. “Fui, inclusive, intimidada por testemunhas de defesa e
pelos familiares dos suspeitos”, completa.

Além do trauma
causado pelos assaltos, os esforços repetitivos da rotina de
trabalho e a pressão para atingir as metas de produtividade
estabelecidas pelo banco causaram outros problemas de saúde à
funcionária. “Tive transtorno pós-traumático, depressão e
inflamação reumatológica”, afirma.

Com medo de represália
do banco, ela só procurou o Sindicato após a demissão. “O
Sindicato, especialmente a Secretaria de Saúde, foi muito importante
no meu processo de reintegração. Além de orientações e suporte
técnico, tive o suporte emocional para encarar a situação”,
destaca a bancária. O Sindicato fez a Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT) e a orientou a procurar a Previdência Social. Ela
teve direito a nove meses de benefício previdenciário.

Adoecimento
O secretário de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade,
destaca que infecções urinárias e crises renais são problemas de
saúde que têm se tornado comuns entre os bancários. Isso porque,
os funcionários são pressionados pelos chefe a não saírem dos
seus postos de trabalho durante o expediente, nem mesmo para
urinar.

“Os bancos não se preocupam com a saúde dos seus
funcionários. Por isso, os bancários que perceberem que as suas
atividades funcionais estão causando prejuízos à sua saúde motora
ou psicológica devem nos procurar para que possamos orientá-los”,
ressalta Wellington.

“Se, por meio da análise médica,
ficar provado que a patologia é de natureza ocupacional, nós
solicitaremos que o banco emita a CAT. Caso ele se recuse, nós a
emitiremos e, em seguida, orientaremos o trabalhador a solicitar a
licença adequada à Previdência Social”, completa o dirigente.

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