O banco Santander está fechando cerca de dez agências bancárias em Pernambuco, extinguindo empregos e piorando o atendimento aos clientes. Do início do ano para cá, o banco já demitiu 32 funcionários no estado.
Nesta segunda-feira, dia 5, o presidente-executivo do Santander, Jesús Zabalza, e mais dois vices-presidentes visitarão o governo de Pernambuco e algumas agências do estado. Os bancários prometem realizar uma série de protestos durante a visita.
Segundo a presidenta do Sindicato dos Bancários, Jaqueline Mello, o último balanço financeiro do Santander mostra que o banco extinguiu 970 postos de trabalho no Brasil no primeiro trimestre deste ano, período em que lucrou R$ 1,428 bilhão. Ao longo do último ano, o banco espanhol eliminou 4.833 vagas.
“É um absurdo que um banco lucre tanto sem nenhuma responsabilidade social. Só este ano, o Santander já fechou 58 agências em todo país. Isso mostra que a empresa está na contramão do desenvolvimento regional do nosso estado, desprezando a necessidade, cada vez maior, de utilização dos serviços bancários. Basta ver as agências lotadas para concluir que o banco precisa contratar e abrir novas unidades, e não demitir”, diz Jaqueline.
No ano passado, a alta cúpula da instituição financeira determinou a extinção de 970 postos de serviços por todo país.
Segundo levantamento do Sindicato, em Pernambuco serão fechadas até o final de maio as agências de Moreno, São Lourenço da Mata, Águas Belas, Catende, São José do Egito, Floresta, Nazaré da Mata e Rio Formos, além de algumas fusões de unidades no Recife e região metropolitana.
Saúde dos bancários – A falta de funcionários nas agências do Santander tem prejudicado a saúde dos bancários, que trabalham sobrecarregados num ambiente de estresse. Além disso, as demissões tem causado insegurança e instalado um clima de terror entre os empregados, prejudicando, inclusive, a saúde mental.
“Muitos funcionários têm procurado o Sindicato com problemas de saúde. Não é a toa que o Santander é responsável por mais de 40% das CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho) que abrimos aqui no Sindicato nos últimos três anos”, conta o secretário de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade.