II Censo da Diversidade já pode ser acessado

O
II Censo da Diversidade, conquistado na Campanha Nacional 2012, já
pode ser acessado
em todo país. Ao longo de 40 dias, até 25 de abril, cerca de 486
mil bancários e bancárias, que representam 98% dos
funcionários
de 19 bancos públicos e privados, poderão responder o questionário
através do hotsite da Febraban. A novidade em relação ao primeiro
levantamento é a inclusão de uma pergunta sobre orientação
sexual.

Clique aqui para
acessar o hotsite.

O tempo previsto para responder as
perguntas é em torno de 8 e 10 minutos. O sistema conta com um
programa de segurança e as respostas serão sigilosas e
confidenciais. Todos os bancários, inclusive os licenciados por
motivos de saúde, maternidade e mandato sindical, que estão na base
de cadastro da RAIS, poderão participar do censo.

“É muito
importante que todos respondam o questionário pois, quanto maior o
número de participantes, melhor se desenhará o perfil da categoria,
para que se possa combater as desigualdades”, afirma a presidenta
do Sindicato, Jaqueline Mello.

A
Contraf-CUT (Confederação
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro)
fará o acompanhamento do II Censo até a divulgação dos seus
resultados em julho. “Queremos averiguar se os bancos estão
efetivamente assegurando condições igualitárias na contratação,
na remuneração e na ascensão profissional de todos os
trabalhadores, independente de sexo, gênero, raça/cor, etnia,
orientação
sexual
ou pessoas com deficiência”, destaca a secretária de Políticas
Sociais da Contraf-CUT, Andrea Vasconcelos.

A dirigente
salienta que “com o II Censo será possível comparar se as
distorções detectadas na primeira pesquisa, realizada em 2008,
foram corrigidas e
a categoria terá melhores condições para avaliar que
ações devem ser implementadas, para pôr fim às discriminações e
aos preconceitos existentes nos locais de trabalho”.

Para
Andrea, “o II Censo é o resultado de um longo debate sobre a
importância de garantir igualdade de oportunidades e de tratamento
para todas as pessoas. A política interna dos bancos é
discriminatória, o que resulta em salários desiguais, na falta de
ascensão para mulheres, negros e para a população LGBT”.

Uma
história de lutas contra a discriminação e o preconceito

O
debate sobre igualdade de oportunidades foi pautado no Encontro
Nacional dos Bancários, em 1992. De lá para cá, foram inúmeras
ações voltadas ao combate da discriminação no setor financeiro.
Em 1996, o tema foi incluído na minuta de reivindicações entregue
aos bancos. 

No I Encontro de Mulheres, em 1997, foi
criada a Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS) e,
no ano seguinte, o tema igualdade de oportunidades tornou-se bandeira
de luta da Campanha Nacional dos Bancários.

Os bancos sempre
negaram a discriminação no local de trabalho, mas em 2000 a então
CNB-CUT e o Dieese realizaram uma pesquisa nacional, a qual resultou
na publicação “Os Rostos dos Bancários”. O levantamento
traçou o perfil da categoria e comprovou a existência de distorções
de gênero e raça. 

Depois da identificação das
desigualdades a CNB-CUT produziu três cartilhas entre 2001 e 2003:
“Assédio Moral no Trabalho”, “Relações
Compartilhadas” e “Igualdade de Oportunidades”,
intensificando o debate junto aos bancários. Essas ações
refletiram positivamente na criação da mesa bipartite sobre
igualdade de oportunidades, em 2001. 

Ao longo desses
mais de 10 anos, a mesa temática aprofundou o debate sobre diversos
temas relacionados “às minorias”. E em 2008 foi construído
o primeiro censo, chamado de “Mapa da Diversidade”, que
revelou uma série de desigualdades nos bancos.

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