
site da Febraban – Federação Brasileira de Bancos. Conquistado na Campanha Nacional de 2012, ele deve ser
aplicado em um universo de 486 mil bancários, de 19 bancos. “É
muito importante que todos respondam o questionário pois, quanto
maior o número de participantes, melhor se desenhará o perfil da
categoria, para que se possa combater as desigualdades”, afirma a
presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.
Para ela, o censo é
fundamental porque vai detalhar e oficializar uma realidade que já
está exposta em outras pesquisas. É o caso do diagnóstico feito
pelo Dieese – Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos, levando em conta a Relação Anual de Informações
Sociais de 2012 (RAIS).
Segundo os dados, no
final daquele ano, 48,7% da categoria eram mulheres – ou 46% em
Pernambuco. Apesar desta presença ter crescido ano após ano, o
percentual ainda é menor que a participação feminina na População
Economicamente Ativa.
DESIGUALDADES – Em cargos de direção, elas são apenas 20%. No entanto, o percentual sobe para
72% quando se trata de operadores de telemarketing e telefonistas. A remuneração das bancárias é, em média, 23% menor que
a dos homens, ocupando as mesmas funções. Nos bancos privados, esta
diferença é ainda maior: 29%. E a desigualdade cresce na medida em
que elas ampliam sua formação. Um homem com doutorado chega a
ganhar 56,5% a mais que uma mulher com a mesma formação.
Para Sandra Trajano,
responsável pela Secretaria da Mulher do Sindicato, a bancária tem
que se esforçar muito mais para conseguir ascender na carreira. “Se
um homem tem um MBA, a mulher tem que ter dois ou três”. Não é à
toa que o nível de formação delas é bem mais alto: 72,8% dos
empregados que tem curso superior completo são mulheres. “E a
impressão que eu tenho é que as avaliações profissionais não são
tão rigorosas para eles quanto para nós”, completa Sandra.