Passeio ciclístico em homenagem à mulher será neste sábado, 8 de março

Bancárias,  bancários e seus dependentes estão convidados a participarem do Passeio Ciclístico em Homenagem à Mulher. O evento é uma parceria do Sindicato com a Apcef (Associação de Pessoal da Caixa) e uma forma de agregar as trabalhadoras, de forma descontraída e festiva, no Dia Internacional da Mulher: sábado, 8 de março. “Obviamente, sem esquecer que a data é um convite à luta e à participação política das mulheres”, lembra a responsável pela Secretaria da Mulher do Sindicato, Sandra Trajano.
Por questões técnicas, as inscrições, que seriam feitas por meio do site, deverão ser realizadas no local: a partir das 15 horas, em frente ao Círculo Militar. Para os que não tiverem suas bicicletas, haverá algumas disponíveis para aluguel. 
O passeio abre a programação do Sindicato no Mês da Mulher. Na semana que vem, os diretores estarão nas agências e departamentos dos bancos, acompanhados por um dueto de flauta e violino, para presentear as bancárias com um brinde especial. E, no dia 31, haverá debate sobre a reforma política e as mulheres, com a participação da deputada federal Érika Kokay (PT-DF).
CENSO DA DIVERSIDADE – Nacionalmente, a expectativa fica por conta do II Censo da Diversidade. A partir do dia 17, bancários e bancárias de todo país já podem acessá-lo, no
site da Febraban – Federação Brasileira de Bancos. Conquistado na Campanha Nacional de 2012, ele deve ser
aplicado em um universo de 486 mil bancários, de 19 bancos. “É
muito importante que todos respondam o questionário pois, quanto
maior o número de participantes, melhor se desenhará o perfil da
categoria, para que se possa combater as desigualdades”, afirma a
presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

Para ela, o censo é
fundamental porque vai detalhar e oficializar uma realidade que já
está exposta em outras pesquisas. É o caso do diagnóstico feito
pelo Dieese – Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos, levando em conta a Relação Anual de Informações
Sociais de 2012 (RAIS).

Segundo os dados, no
final daquele ano, 48,7% da categoria eram mulheres – ou 46% em
Pernambuco. Apesar desta presença ter crescido ano após ano, o
percentual ainda é menor que a participação feminina na População
Economicamente Ativa.  

DESIGUALDADES – Em cargos de direção, elas são apenas 20%. No entanto, o percentual sobe para
72% quando se trata de operadores de telemarketing e telefonistas. A remuneração das bancárias é, em média, 23% menor que
a dos homens, ocupando as mesmas funções. Nos bancos privados, esta
diferença é ainda maior: 29%. E a desigualdade cresce na medida em
que elas ampliam sua formação. Um homem com doutorado chega a
ganhar 56,5% a mais que uma mulher com a mesma formação.

Para Sandra Trajano,
responsável pela Secretaria da Mulher do Sindicato, a bancária tem
que se esforçar muito mais para conseguir ascender na carreira. “Se
um homem tem um MBA, a mulher tem que ter dois ou três”. Não é à
toa que o nível de formação delas é bem mais alto: 72,8% dos
empregados que tem curso superior completo são mulheres. “E a
impressão que eu tenho é que as avaliações profissionais não são
tão rigorosas para eles quanto para nós”, completa Sandra.  

    

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