O Garanhuns Jazz Festival anunciou ontem alguns nomes que vão fazer parte de sua sétima edição, que ocorre no Carnaval do Sábado de Zé Pereira até a Terça-feira Gorda. Igor Prado Band, Ari Borger e a americana Tia Carrol, Nasi, Victor Biglione, Naná Maram, Edu Ardanuy (Dr. Sin), Beto do Bandolim e Salimanga, Headcutter (de Santa Catarina) e Vintage Paper são algumas das atrações deste ano. Dois nomes internacionais do blues de Chicago ainda devem ser confirmados.
“Toda a programação já deveria estar pronta, mas a greve dos Correios não afeta apenas o cidadão comum que tem contas para pagar. Produtores que têm documentação e comprovações para fazer dos artistas que vão participar do Carnaval também enfrentam problemas por não estarem recebendo as correspondências no tempo certo. Por causa disso, alguns contratos ainda estão para serem fechados”, alega Giovanni Papaléo, músico idealizador e curador do evento, ao lado da Mono Produções Artísticas.
Entre os artistas que já estão com negociação avançadas o cantor Ed Motta, a banda Blues Etílicos e o guitarrista Mud Morganfield, filho de Muddy Waters, que já tem presença garantida no Rec-Beat, no Recife. Deverão também fazer parte da programação o cantor Carl Dixon e o trompetista de jazz Mark Rapp, um dos grandes nomes da cena atual de Nova Iorque.
O festival será aberto com uma homenagem ao mestre Dominguinhos, com a participação da filha do sanfoneiro, Liv Moraes, o cantor Josildo Sá, o baixista Erandir Melo, o grupo Batuque de Garanhuns e, provavelmente, o guitarrista garanhunense João Neto.
Entre as novidades está o duo Salimanga, formado pelo guitarrista BC e pelo saxofonista Paulo Rogério, músicos que também integram a banda Móveis Coloniais de Acaju. Nesse trabalho, eles mesclam ritmos brasileiros, como samba, choro e baião, com cadências latinas e com o jazz. Vencedor do concurso realizado pelo Garanhuns Jazz Festival, o guitarrista recifense Pedro Black tocará na terça de Carnaval no palco principal, enquanto a banda Valvulados mostrará a música que é feita hoje em Garanhuns.
A programação prevê shows em palcos descentralizados, workshops e oficinas musicais. “A ideia é que o Garanhuns Jazz Festival seja reconhecido pelo seu perfil democrático e inclusivo. Queremos gerar intercâmbios culturais e valorizar nossa música”, explica Papaléo. Após os shows oficiais no palco do Pau Pombo, haverá jam sessions. Os músicos devem se inscrever na fanpage do evento no Facebook.
Garanhuns investiu este ano também na infraestrutura e no conforto, que inclui minipraças de alimentação – com quiosques de alguns dos melhores bares e restaurantes da cidade –, mais banheiros químicos. Os shows no palco principal mais uma vez serão em área coberta, para proteger da garoa. “Nossa área coberta terá capacidade para oito mil pessoas sentadas. O palco e a estrutura de som também estão maiores”, diz o prefeito Isaías Régis.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Garanhuns oferecerá serviço de hospedagem, do tipo albergue, com diária de R$ 40 e café da manhã incluso.