Os
sindicatos e os bancos voltaram a se reunir nesta terça-feira, dia
18, em São Paulo, para definir os últimos detalhes para a
realização do 2º Censo da Diversidade, previsto para começar no
dia 17 de março. Conquistado na Campanha Nacional de 2012, o censo
será realizado até o dia 25 de abril, quando o questionário ficará
disponível no hotsite da Fenaban.
A secretária de Assuntos
da Mulher do Sindicato, Sandra Trajano, representou os bancários de
Pernambuco na reunião com a Fenaban. “É importante que todos os
bancários respondam a consulta para que a gente possa traçar um
Raio-X do perfil dos trabalhadores por raça, gênero e orientação
sexual, além dos portadores
de deficiência. Assim,
poderemos formular reivindicação mais precisas para acabar com a
discriminação nos bancos”, afirma Sandra.
O
primeiro censo da categoria bancária, realizado em 2008, foi
respondido por 204.133 trabalhadores. O resultado apontou, entre
outros dados, que as mulheres ganhavam salários menores mesmo com
cargos iguais aos dos homens e que apenas 2,3% dos bancários eram
negros.
“Este novo censo vai permitir que a gente constate
se houve avanços ou retrocessos desde 2008 na promoção da
igualdade de oportunidades nos bancos”, diz Sandra, lembrando que,
desta vez, o censo vai abordar questões sobre a população LGBT,
que ficou de fora do primeiro levantamento. “Sabemos, no entanto,
que a homofobia também está presente dentro dos bancos”,
completa.
Desrespeito – Durante
a reunião desta terça, os sindicatos e os bancos também discutiram
as reivindicações dos trabalhadores com deficiência e propostas
para a promoção da igualdade racial no sistema financeiro.
“Cobramos da Fenaban o abono de ausência dos portadores de
deficiência para que eles
possam fazer a manutenção
de órteses
e próteses. Mas a Fenaban negou, alegando que esse abono não é
necessário. Vamos continuar insistindo nesta demanda nas próximas
reuniões”, conta Sandra.
Os bancários propuseram, ainda, a
realização de um seminário nacional sobre a inclusão da população
negra no setor bancário, mas a Fenaban também não acatou. Os
bancos disseram que a reivindicação deveria ser remetida para a
Campanha Nacional 2014.
