Os três maiores bancos
privados que operam no país (Itaú, Bradesco e Santander)
apresentaram conjuntamente lucro líquido de R$ 34 bilhões, mas
fecharam 10.001 postos de trabalho em 2013, quando a economia
brasileira gerou 1,1 milhão de novos empregos com carteira
assinada.
Estudo do Dieese sobre os dados dos balanços das
três instituições financeiras mostra que o Itaú teve lucro
líquido recorde de R$ 15,8 bilhões e cortou 2.734 empregos no ano
passado. O Bradesco lucrou R$ 12,2 bilhões e fechou 2.896 vagas. E o
Santander Brasil, que gerou lucro de R$ 5,7 bilhões (23% do
resultado mundial do banco espanhol), eliminou 4.371 postos de
trabalho.
Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, o
corte de vagas nos três maiores bancos privados do país é absurdo
e injustificável, já que a falta de funcionários é visível. “Os
bancários estão trabalhando sobrecarregados e os clientes sofrem
com o péssimo atendimento e com as filas imensas. Em vez de
contratar mais bancários, os três bancos, que estão entre as
empresas mais lucrativas do Brasil, mostram que não têm nenhuma
responsabilidade social e demitem milhares de pais e mães de
família”, destaca Jaqueline.
Para Carlos Cordeiro,
presidente da Contraf-CUT, o principal desafio dos bancários em 2014
é lutar contra as demissões, por mais contratações e pelo fim da
rotatividade e das terceirizações, como forma de proteger e ampliar
o emprego. “Os bancos brasileiros têm a mais alta rentabilidade da
economia brasileira e de todo o sistema financeiro internacional.
Cortar empregos e renda nesse cenário amplamente favorável a eles é
boicotar o desenvolvimento econômico e social do país”, avalia
Cordeiro.