O
trigésimo assalto a banco
do ano em
Pernambuco, no Banco do
Brasil da Avenida Norte, traz à tona os riscos da comercialização
de armas de brinquedo. “Os
assaltantes driblam as portas com detector de metais ao
entrarem
com armas que não são verdadeiras, mas são praticamente idênticas.
No interior da agência, rendem o vigilante e tomam suas armas”,
explica o secretário de Formação do Sindicato, José Rufino.
Foi
o que aconteceu no assalto desta
segunda-feira, dia 23. A
agência cumpre todos os requisitos do projeto-piloto de segurança
bancária: portas com detector de metais, câmeras, biombos… Mesmo
assim, foi alvo de assalto.
Três bandidos, um deles vestido com farda de segurança, entraram na
agência, subiram ao primeiro andar, renderam o vigilante,
tomaram-lhe a arma e se dirigiram à bateria de caixas onde
anunciaram o assalto.
Enquanto
isso, o vigilante do térreo percebeu o movimento diferente e
contatou a Polícia. Na saída, um bloqueio policial já esperava os
assaltantes. Eles quebraram as vidraças e houve troca de tiros na
área externa. Todos os bandidos foram presos.
O
Sindicato visitou a agência e encontrou os bancários tensos.
“Muitos deles tinham vindo de outras agências e já tinham sido
vítimas de assalto recentemente. O
Sindicato exigiu do banco a
emissão da CAT (Comunicado
de Acidente de Trabalho).
Caso no futuro o bancário venha a sofrer alguma doença psíquica
por conta do trauma, este é o documento que vai atestar que se trata
de acidente de trabalho”, ressalta Rufino.