Em reunião ocorrida na
tarde desta terça-feira, dia 19, o Sindicato e a Contraf-CUT
agendaram com o Santander um encontro com o vice-presidente executivo
sênior do banco para discutir o problema das demissões e da falta
de bancários. A reunião com o executivo, responsável pela área de
recursos humanos da empresa, será realizada no próximo dia 28, em
São Paulo.
O agendamento ocorreu em resposta à solicitação
das entidades sindicais de um encontro com o presidente do banco,
Jesús Zabalza, para discutir as demissões e da falta de
funcionários na rede de agências.
“Vamos cobrar do
vice-presidente a tão propalada responsabilidade social do Santander
que, pelo visto, só existe nas propagandas. O banco tem demitido
milhares de pais e mães de família, mesmo lucrando R$ 4,3 bilhões
nos primeiros nove meses deste ano”, diz o secretário de
Administração do Sindicato, Epaminondas Neto.
Apesar do
lucro altíssimo, o Santander cortou 3.414 empregos nos primeiros
nove meses deste ano, o que é totalmente injustificável. Apenas no
terceiro trimestre, a instituição lucrou R$ 1,4 bilhão, mas
eliminou 1.124 postos de trabalho. Já nos últimos 12 meses, a
redução alcançou 4.542 vagas, uma queda de 8,2% no quadro de
funcionários que fechou setembro em 50.578.
Homologações
por prepostos terceirizados – Na reunião desta terça-feira,
os sindicatos voltaram a cobrar o fim dos prepostos terceirizados nas
homologações, o que tem sido praticado pelo banco, causando muitos
transtornos, além de procedimentos no Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) e no Ministério Público. O banco ficou de analisar o
embasamento jurídico apresentado, ficando de voltar ao debate na
próxima reunião agendada para o dia 27.
Planos de saúde
– Os bancários questionaram as alterações feitas pelo banco
na assistência médica sem negociação prévia com o movimento
sindical. Além de um aumento médio de 28,5% para os funcionários
da ativa, os demitidos ou aposentados que atendam às condições da
lei nº 9656/98 e que optem por permanecer no plano de saúde deverão
assumir o pagamento integral do respectivo custo, de acordo com a
faixa etária, elevando assustadoramente as contribuições, quase
triplicando os valores no prazo de cinco anos. O banco propôs o
agendamento de uma reunião para tratar do assunto.