O Sindicato expediu nesta quinta, 31, Comunicação de Acidente
de Trabalho (CAT) para vários empregados do HSBC da Agamenon. A unidade foi
assaltada na última sexta-feira, 25 de outubro, e os trabalhadores viveram
momentos de muita tensão.
“É muito importante que os bancários que passam por ocorrências deste tipo
procurem o Sindicato se o banco não emitir a CAT. Caso no futuro ele venha a
sofrer algum transtorno por conta do trauma, o documento vai atestar que se
trata de acidente de trabalho”, explica o secretário de Saúde do Sindicato,
Wellington Trindade.
O roubo ao HSBC da Agamenon elevou para 24 o número de assaltos a banco em
Pernambuco em 2013, praticamente o mesmo número de ocorrências registrado no
ano passado no mesmo período. A diferença é que, este ano, dentre as 24
agências assaltadas, mais da metade estão em municípios que não são abrangidos
pelo projeto-piloto de segurança bancária. “Isso mostra a importância de
ampliar este projeto”, afirma o secretário de Formação do Sindicato, João
Rufino.
Conquistado durante as negociações da Campanha
Nacional dos Bancários de 2012, o projeto-piloto está sendo desenvolvido na
capital pernambucana, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Prevê a instalação de
portas de segurança com detectores de metais, câmeras internas e externas,
biombos entre a bateria de caixas e as filas, guarda-volumes, além de
vigilantes com coletes balísticos e armados de acordo com a Lei 7.102/83 e
cofre com dispositivo de retardo.
Na próxima segunda-feira, dia 4, ocorre a primeira
reunião de acompanhamento. Trata-se do início do grupo de trabalho de segurança
bancária para verificar as ocorrências, que será constituído por representantes
da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), do
Sindicato e dos seis maiores bancos.
HSBC –
Segundo os relatos dos funcionários, o assalto ao HSBC da Agamenon foi bastante
tenso. Era dia de pagamento de uma empresa de transportes e os bandidos
entraram no local utilizando roupas de cobrador de ônibus.
Todos tiveram que se deitar no chão e um grupo permaneceu no térreo enquanto
outro subia ao primeiro andar, onde fica a bateria de caixas. “Pelo que nos
contaram, eles chegaram chutando portas e paredes, com a respiração bastante
ofegante e exigindo muita pressa na entrega dos valores. Foram momentos de
muita tensão”, diz Wellington.