Todas as agências
bancárias de Vitória de Santo Antão e Gravatá estão fechadas.
Somente o autoatendimento permanece aberto para garantir o
atendimento da população, sobretudo dos aposentados. Segundo o
diretor do Sindicato, Marcílio França, que coordena o movimento
grevista na região, também em municípios vizinhos, como Bezerros e
Bonito, a adesão é total.

“Nos bancos públicos, a
participação dos bancários nas greves já é histórica. Mas o
pessoal dos bancos privados está muito insatisfeito com as condições
de trabalho e a proposta irrisória oferecida pelos banqueiros”,
diz.

Diretores do Sindicato percorreram nesta segunda, 30, as
unidades da região para conversar com clientes e com alguns poucos
trabalhadores que permaneciam nas agências. No Santander de Gravatá,
a cliente Roseane Albuquerque se queixou das péssimas condições de
atendimento e cobrou mais contratações. “Precisa ter mais
funcionários. A gente fica horas na fila, debaixo de sol e chuva”,
reclama.

Ao falar aos clientes sobre o significado do
movimento grevista – que também luta por melhores condições de
atendimento, e garantir o atendimento à população de baixa renda
no autoatendimento, a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, foi
aplaudida pelos usuários.

Nas várias unidades percorridas
pela caravana em Gravatá – Santander, Banco do Brasil, Caixa,
Bradesco e Itaú – a situação era a mesma: agência fechada e, no
interior, apenas alguns gerentes garantiam o abastecimento das
máquinas. 

>> Ouça reportagem sobre a greve no interior na Rádio dos Bancários

Em Vitória de Santo Antão, o cenário se
repetia: “Desde o primeiro dia de greve, a gente tem aqui todas as
agências fechadas e 80% dos trabalhadores parados”, informa o
bancário do Bradesco Vitória, Bruno Maia, diretor da Fetrafi-NE
(Federação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Nordeste)

Para
a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, diante do silêncio dos
banqueiros, resta aos trabalhadores “fortalecer cada vez mais a
greve nesta terceira semana de movimento”.