Bancários entram em greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira

Começa
nesta quinta-feira, dia 19, a greve nacional dos bancários. Depois
de um mês e meio de negociações, os bancos negaram todas as
reivindicações da Campanha 2013 e empurraram os bancários para uma
paralisação por tempo indeterminado.

“Agora, precisamos
construir uma grande greve para pressionar os bancos, retomar as
negociações e garantir que nossas reivindicações sejam
atendidas”, afirma a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. Para
ela, a paralisação dos bancários é culpa dos próprios bancos,
que, depois de quatro rodadas de negociação, apresentaram uma
proposta que não contempla nenhuma reivindicação (leia
aqui).

“Queremos
aumento real de salário, valorização do piso, PLR melhor, mais
emprego, fim do assédio moral e das metas abusivas, melhores
condições de trabalho, igualdade de oportunidades. Temos uma
extensa pauta de reivindicações e não voltaremos ao trabalho
enquanto nossas demandas não forem atendidas”, destaca
Jaqueline.

Em Pernambuco, a greve foi aprovada em assembleia
realizada na semana passada com mais de 300 bancários. Nesta
quarta-feira, dia 18, véspera da paralisação, os bancários
realizaram outra assembleia na sede do Sindicato para organizar a
greve. Nova assembleia será realizada nesta quinta, às 18h, para avaliar o primeiro dia de paralisação.

“Os bancários têm demonstrado uma grande disposição
de luta. Nas últimas semanas, o Sindicato tem percorrido as agências
e departamentos dos bancos para conversar com os bancários. A
revolta dos trabalhadores com o descaso da Fenaban na mesa de
negociações é muito grande. Só no primeiro semestre deste ano, os
seis maiores bancos lucraram mais R$ 30 bilhões. É um absurdo que,
com tamanho lucro, as instituições financeiras se neguem a melhorar
os salários e as condições de trabalho dos bancários”, diz
Jaqueline.

Vem pra luta –
Jaqueline convoca todos os bancários para participar ativamente do
movimento grevista, ajudando a dialogar com os colegas e a
convencê-los a engrossar a paralisação. “Os bancos já começaram
a pressionar os bancários para tentar enfraquecer o movimento (leia
aqui). Sabemos das
dificuldades de encarar uma greve, mas é por isso que a participação
de todos é importante. Juntos, enfrentaremos os bancos e vamos
vencer toda a truculência dos patrões”, afirma.

Para
Jaqueline, greve é o momento em que os trabalhadores devem mostrar a
sua força e ter a consciência de que, durante a paralisação, o
bancário para de trabalhar para os bancos e passa a trabalhar para
si e para sua categoria.

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cumpre todos os procedimentos legais para a greve

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Principais reivindicações –
Entre as principais reivindicações dos bancários para a Campanha
deste ano está o reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real
mais inflação projetada de 6,6%). Os trabalhadores também querem
uma PLR (participação nos lucros e resultados) de três salários
mais R$ 5.553,15; piso de R$ 2.860,21 (equivalente ao salário mínimo
do Dieese); auxílios-alimentação,
refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$
678 ao mês para cada (salário mínimo nacional); melhores
condições de trabalho com o fim das metas abusivas
e do assédio moral; mais contratações e o fim das demissões para
melhorar o atendimento; Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS)
em todos os bancos; auxílio-educação
para graduação e
pós-graduação; mais segurança; e igualdade
de oportunidades com a contratação
de pelo menos 20% de negros e negras.

Proposta da
Fenaban –
A proposta dos
bancos apresentada no último dia 5 prevê um reajuste
de 6,1% (previsão
da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas
salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação,
auxílio-creche/babá etc); PLR
de 90% do salário
mais valor fixo de R$ 1.633,94; e parcela
adicional da PLR de 2%
do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários.

Confira como foram as rodadas de
negociação com a Fenaban realizadas até agora

>> Bancos
apresentam proposta ridícula e bancários marcam greve


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prometem apresentar proposta para os bancários no dia 5
 
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Bancários
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