BB apresenta proposta insuficiente e empurra bancários para a greve

Em
negociação ocorrida nesta segunda-feira, dia 16, o Banco do Brasil
apresentou aos representantes dos bancários uma proposta que não
atende as principais reivindicações dos funcionários para a
Campanha Nacional 2013.
Apesar de trazer avanços sociais, a proposta do BB não contempla
demandas importantes, como a solução dos problemas do plano de
funções, valorização do piso, fim dos problemas que afetam a
saúde dos empregados, fim das metas abusivas e do assédio moral e
mais contratações.

Segundo o secretário-geral do Sindicato,
Fabiano Félix, os representantes dos bancários saíram frustrados
da negociação. “Reconhecemos que a proposta apresentada pelo
Banco do Brasil contém avanços importantes, mas ela
não atende as principais
reivindicações dos bancários. Já estamos na quarta rodada de
negociações e até agora o BB não apresentou uma proposta digna de
fechar acordo. Dessa forma, só resta aos bancários do Banco do
Brasil reforçar, em peso, a greve geral por tempo indeterminado que
começa na próxima quinta-feira”, afirma Fabiano, que é
funcionário do BB.

A
proposta apresentada pela direção do BB durante a reunião desta
segunda contém: abono das horas para que os bancários com
deficiência possam fazer reparos e ajustes em aparelhos; ampliação
da licença adoção de 30 para
180
dias para os homens solteiros ou com
união estável homoafetiva; vale-cultura de R$ 50 ao mês para
funcionários que ganham até cinco salários mínimos; elevação da
bolsa-estágio de R$ 332,97 para R$ 570; vacina contra a gripe para
todos os funcionários; auxílio-educação de R$ 800 para os
dependentes até 24 anos de funcionários falecidos ou que tenham
ficado inválidos
em virtude de assalto ao banco.

>> Confira as reivindicações específicas dos funcionários do Banco do Brasil

Fim
das reestruturações e terceirizações –
Logo
no início da negociação, os sindicatos cobraram a interrupção
imediata dos processos de reestruturação com a transferência dos
serviços dos bancários para empresas terceirizadas, como a Cobra
Tecnologia.

Também foi questionado o total desrespeito do
banco em lançar programas de desligamento, como PDV, para vítimas
de reestruturações. Outra questão abordada foram os boletins da
direção do BB ameaçando os bancários, como o do último dia 12,
onde o banco sugere que os funcionários reflitam ao aderirem à
greve, dizendo que haverá consequências indesejáveis no
“pós-greve”.

O BB
alegou que a informação que ele quis dizer era de ‘consequências
ao banco’. Só
que desde a greve em 2012 há processo investigatório no Ministério
Público do Trabalho porque a Contraf-CUT teve que acionar o BB por
perseguir grevistas. Se o banco faz referência a ‘pós greve’, ele
está ameaçando de novo os bancários com retaliações e isso é
prática antissindical condenada mundialmente pelas legislações que
protegem os trabalhadores”, denunciou William Mendes, diretor da
Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários
do BB. 

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