Sindicato discute mau atendimento dos bancos na Câmara de Igarassu

Filas
imensas, descumprimento das leis, falta de segurança e desrespeito
ao consumidor bancário foram alguns dos temas debatidos em audiência
pública na Câmara Municipal de Igarassu, nesta quinta, 29.
Convocada pelo vereador Helmilton Bezerra (PCdoB), a discussão
contou com a presença do Procon municipal, representantes da Caixa,
Banco do Brasil e Bradesco, além do Banco Matriz. O Sindicato dos
Bancários foi representado pelo secretário de Formação, João
Rufino.

A audiência também contou com participação maciça
da população, que se queixou da falta de funcionários, que os
obriga a passar horas na fila, esperando atendimento. Alguns dos
principais alvos da denúncia – Santander e Itaú – não mandaram
representantes para o debate. A Caixa também foi citada por vários
usuários como exemplo de desrespeito ao consumidor.

“Em
Igarassu, já existe inclusive uma Lei das Filas, que obriga a
agência a atender o cliente em um prazo de 15 minutos. Mas, sem
contratações, a lei fica apenas no papel”, afirma Rufino. Ele
aproveitou para entregar o texto da legislação complementar à Lei
das Filas do Recife, que exige que toda unidade disponha de cadeiras,
sanitário e bebedouro para os usuários.

A população
apresentou ainda outras denúncias. O Itaú, por exemplo, não
estaria recebendo títulos de cobrança, mesmo quando dentro do prazo
de vencimento. “Se está impresso no título que ele pode ser pago
em qualquer agência bancária, elas não podem se recusar a
aceitá-lo”, explica Rufino.

Outra reclamação foi quanto a
segurança e insalubridade em correspondentes e lotéricas. Alguns
clientes citaram o caso de uma aposentada que teria falecido após
sofrer uma queda em uma unidade lotérica do município. O dirigente
do Sindicato lembrou que, em um caso como estes, o banco é
corresponsável pelo
acidente.

A
vulnerabilidade aos assaltos também foi ponto de discussão, tanto
em lotéricas e correspondentes como nas agências e postos
bancários. “Entregamos aos parlamentares da Câmara o projeto de
Lei de Segurança Bancária do Recife. Acreditamos que a legislação,
junto com a pressão do movimento sindical e Ministério Público,
tem ajudado a reduzir os índices de insegurança na capital. Mas é
preciso que essa iniciativa seja levada às outras cidades do estado
”, afirma Rufino.

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