Representantes
dos bancários do BNB se reuniram nesta quinta, 22, com o banco, na
primeira rodada de negociações específicas da Campanha Nacional. A
discussão aconteceu em Salvador, uma das cidades mais afetadas pela
reestruturação do banco, juntamente com o Estado do Piauí. Lá,
foram 22 descomissionamentos por conta das mudanças. Este foi o
primeiro ponto de pauta e o BNB informou que já existe um projeto
para relocação e comissionamento destes trabalhadores.
Segundo
o diretor do Sindicato, Fernando Batata, que representou os bancários
de Pernambuco na negociação, a rodada desta quinta tratou dos
eixos: saúde, previdência e bancos públicos. “Na próxima
segunda-feira, 26, haverá a última rodada de apresentação de
propostas – no caso, sobre remuneração e emprego. Depois disso, o
banco vai estudar as demandas e marcar uma data para apresentar as
contrapropostas”, afirma o dirigente.
Em relação à Capef
(Caixa de Pecúlio e Pensão dos Empregados) e Camed (Caixa de
Assistência Médica), os trabalhadores reivindicaram a eleição de
diretores representantes dos funcionários. “Em relação à Camed,
já existe um estudo – construído em parceria pelo movimento
sindical e o banco – para garantir melhorias e maior solidez no
plano. Cobramos a implementação deste projeto”, diz
Batata.
Outra cobrança foi para que o banco estabelecesse
parcerias com outros planos, além da Camed, para suprir a carência
de profissionais credenciados, sobretudo em municípios no interior
dos estados.
Os empregados também reivindicaram a criação
de um programa de assistência social, a exemplo do que já existe no
Banco do Brasil. “Seria uma ajuda para tratamentos que o plano não
cobre, para parte das despesas com medicamentos mais caros e de uso
constante ou mesmo para momentos de dificuldade financeira”,
explica Batata.
Também na rodada desta quinta, os
funcionários cobraram a existência de um representante dos
funcionários no Conselho de Administração, bem como de uma
ouvidoria dos funcionários. Voltaram a pedir a reintegração dos
demitidos na era FHC e o fim das terceirizações.
“Nos
programas de microcrédito CredAmigo e AgroAmigo por exemplo, há
cerca de 5 mil terceirizados operando. A gente quer que esse serviço,
que é atividade bancária, seja realizado por profissionais
concursados”, afirma Batata.