Durou pouco o alívio
na sobrecarga de trabalho na área operacional do banco Itaú de
Araripina: o setor continua funcionando com apenas um empregado, o
gerente do setor, que exerce também a função de tesoureiro e
caixa. “Com apenas um funcionário para todas as funções
operacionais, o bancário não pode adoecer nem ir ao banheiro, sob
pena de a agência não atender. Não é só incoerência, é
principalmente falta de respeito com o trabalhador”, aponta Fábio
Sales, diretor da entidade e funcionário do banco, que acaba de
visitar o Sertão.
A Agência Araripina foi inaugurada em maio
de 2012, com cinco funcionários, sendo três na área operacional e
dois na comercial. Em janeiro deste ano, o número de trabalhadores
estava reduzido a dois – exatamente os gerentes do setor. Em março,
a partir da intervenção do Sindicato junto à Gerência de Suporte
Operacional (GSO), no Recife, a unidade teve de volta um bancário
para atuar no caixa.
Só que, de acordo com o diretor, “o
bancário designado para a função é, frequentemente, requisitado
para tapar buraco em outras agências da região e até mesmo no
Recife, que está a 720 quilômetros de Araripina”, diz. Tal foi a
situação encontrada na semana passada, quando a equipe do Sindicato
esteve na agência: o caixa estava no Recife, por ordem da GSO.
Detalhe: “Pela primeira vez, veio de avião; das outras, teve que
vir de carro, o que torna tudo muito mais grave”, observa Sales.
O
diretor acionou a Secretaria de Saúde do Sindicato e a representação
da entidade na Comissão de Organização dos Funcionários do Itaú,
o diretor João Rufino. A ideia é agendar reunião com a GSO Recife
para exigir providências adequadas, semelhante à encontrada para o
setor comercial, que até abril só tinha um bancário, e agora está
completo: conta com gerente, assistente de gerência e um agente
comercial.
“Não é possível ter apenas um funcionário na
área operacional, é desumano.Um banco com lucro anual de R$ 7
bilhões não pode tratar seus funcionários desta maneira”,
insiste Fábio Sales.
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