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30 delegados sindicais dos bancos públicos, do Recife e do interior
do estado, se reuniram nesta sexta-feira, dia 9, na sede do
Sindicato, para reforçar a organização da Campanha Nacional 2013.
Durante um dia inteiro, eles ouviram esclarecimentos sobre a
conjuntura econômica nacional, compartilharam informações sobre as
pautas de reivindicação e as primeiras rodadas de negociação –
gerais e específicas – e trocaram ideias quanto a estratégias de
mobilização.
Para a secretária de Bancos Públicos do
Sindicato, Daniela Almeida, a reunião foi bastante participativa. “A
gente teve a presença dos delegados sindicais de todos os bancos
públicos, tanto Caixa, Banco do Brasil, BNB e também BNDES e
Banrisul. Também tivemos uma participação efetiva com relação à
mobilização. Esse foi o principal foco da reunião”, explica
Daniela.
Os bancários aproveitaram o encontro para falar a
respeito da pauta de reivindicações geral, que foi entregue à
Fenaban recentemente, e as negociações que começaram. “É mais
um passo para que a gente tenha mais mobilização e uma efetiva
participação da categoria, porque os delegados sindicais são o
nosso canal de acesso e de contato com as unidades. Através deles a
gente recebe as demandas das unidades e leva as informações do
Sindicato para as unidades. Então, a participação deles e as
ideias que os delegados trazem servem como um termômetro de como
será a nossa campanha nacional, com relação as mobilizações”,
ressalta a dirigente bancária
Delegado sindical da agência
Olinda da Caixa Econômica Federal, Bráulio José Gomes tem
consciência de que a campanha 2013 pode ser muito difícil para a
categoria. Mas acredita que com a mobilização o jogo pode virar em
favor dos bancários. “Nossas reivindicações são justas, não
são exorbitantes, estão dentro de um padrão de realidade. Mas
banqueiro é banqueiro. Quanto mais dinheiro no bolso, menos no nosso
e melhor para eles. A gente tem de fazer como foi feito nesses
movimentos de junho: sair à rua e levantar nossas bandeiras”,
expressa Bráulio.
Já para Andreza Camila, do Banco do Brasil
da sete de Setembro, o segredo está na capacidade de mobilização.
“É um desafio grande mobilizar a categoria para esse movimento,
para a luta. Fazer com que as pessoas entendam que a luta é deles e
que trabalhar pela valorização do piso vale à pena”.
Amaro
Luiz, do BNB de Bezerros, acredita que essa será uma campanha coesa.
“Espero que consigamos sensibilizar as pessoas, principalmente
os comissionados, a participarem de alguma forma, se não
fisicamente, pelo menos no apoio moral e institucional à causa que
também é deles”.
Para o delegado sindical do Banrisul,
José Alexandre Holderbaun, a campanha deste ano tem uma
característica especial para os trabalhadores do Banrisul. “O
banco está para implantar um novo plano de cargos e salários e essa
discussão já vem se prolongando há alguns anos. Dessa vez, temos
uma proposta muito aquém do que se esperava e fora dos padrões.
Então, além da campanha salarial, vai se juntar essa luta dos
banrisulenses pela implantação do plano de cargos e salários.”,
esclarece Alexandre
Ainda se ambientando no movimento
bancário, o delegado do BNDES, Ronaldo José dos Santos, explica que
apesar da pouca experiência, pretende participar efetivamente da
campanha nacional deste ano. “No BNDES, a forma de negociação
sempre foi através de sua associação de funcionários. Nesses três
últimos anos é que está havendo uma aproximação dos empregados
do BNDES com o Sindicato em termos de negociação salarial. Por isso
a nossa pouca experiência e pouca propriedade para falar sobre o
assunto ainda. Mas estamos
batalhando e colaborando com todos, inclusive tentando participar
mais dessas campanhas e do movimento
sindical no Brasil”.