Os bancários do banco
Rural de Pernambuco estão preocupados com o futuro diante da
liquidação extrajudicial da empresa, decretada pelo Banco Central
(BC) na última sexta-feira, dia 2. Segundo o BC, como o banco está
oficialmente extinto, seus “funcionários estão dispensados”.
O Sindicato se reuniu nesta segunda-feira, dia 5, com dois
grupos de funcionários do banco em Pernambuco. Segundo o secretário
de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade, o departamento jurídico
da entidade está realizando um memorando sobre a situação do banco
Rural para melhor orientar as medidas a serem tomadas para proteger
os direitos dos trabalhadores.
“Aqui em Pernambuco, o Rural
tem cerca de 60 funcionários. Nossa orientação é que todos entrem
em contato com o nosso departamento jurídico para que a gente possa
garantir que ninguém tenha seus direitos violados. Já faz um ano e
meio que o banco vinha funcionando em caráter de contingência, em
Pernambuco, DYNAMICando em uma única unidade, no Empresarial 2 de
Boa Viagem, as três agências que dispunha no Recife”, conta
Wellington.
A extinção – Segundo o Banco Central, o
motivo da liquidação extrajudicial do Rural é o “comprometimento
da situação econômico-financeira e falta de um plano viável para
a recuperação da situação do banco”. Com sede em Belo
Horizonte, o banco tem porte pequeno.
Segundo o BC, em março
de 2013 o Conglomerado Financeiro Rural detinha 0,07% dos ativos e
0,13% dos depósitos do sistema financeiro. Além do Banco Rural, a
decisão abrange as outras empresas do conglomerado. São elas Banco
Rural de Investimentos, Banco Mais, Banco Simples e a Rural
Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários.
O comunicado
da autoridade monetária diz que estão sendo tomadas medidas
cabíveis para apurar as responsabilidades do caso. Ainda de acordo
com o Banco Central, o resultado das investigações “poderá
levar à aplicação de medidas punitivas de caráter administrativo
e a comunicação às autoridades competentes”.
Desde
1995, depósitos individuais de correntistas de bancos liquidados são
cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Em maio, o Conselho
Monetário Nacional (CMN) aumentou o limite de cobertura para R$ 250
mil. O FGC protege os recursos aplicados em conta corrente, caderneta
de poupança, certificados de Depósito Bancário (CDBs), letras de
câmbio, imobiliárias, hipotecárias e de crédito imobiliário.
De
acordo com o Banco Central, o Banco Rural tem 49 anos, 25 agências
em operação e tinha 626 funcionários em junho de 2013. As agências
funcionam em 19 unidades da Federação, segundo a página na
internet do próprio banco liquidado. Por meio da assessoria de
comunicação, o BC informou que, a partir da liquidação, o banco
deixa operar imediatamente e é designado um liquidante para fazer um
balanço. Um dos objetivos é assegurar o pagamento de credores.