Desde
meados de junho, milhares de brasileiros estão nas ruas em protesto
por um país melhor. Mas, enquanto a imensa maioria dos manifestantes
defende causas justas, setores mais conservadores da sociedade se
aproveitam dos protestos para colocar em
pauta as
suas demandas que, em geral, são prejudiciais para os trabalhadores
e para a população mais carente.
É por isso que a CUT,
junto com outras centrais sindicais, decidiram engrossar os protestos
e colocar no debate a pauta da classe trabalhadora. No próximo dia
11 de julho, os movimentos sindical e social realizarão um grande
ato por todo o país, com paralisações, greves e manifestações. O
objetivo: destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso
Nacional e nos gabinetes do Governo Federal, além de construir e
impulsionar a pauta progressista que veio das ruas nas manifestações
realizadas até agora.
“E o Sindicato dos Bancários de
Pernambuco vai engrossar este grande dia de luta que será realizado
em 11 de julho”, afirma a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.
Para organizar a participação dos bancários, o Sindicato realiza,
na próxima terça-feira, dia 9, assembleia com os associados, às
19h, na sede da entidade (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista,
Recife).
Segundo Jaqueline, o Sindicato vai propor na
assembleia que os bancários façam uma paralisação no dia 11. “Mas
a decisão é da categoria. O importante é não deixar passar em
branco esta data e participar de
algum modo. Precisamos construir
um grande ato e pressionar os políticos para que a pauta de
reivindicações dos trabalhadores avance”, ressalta.
Os
atos de 11 julho irão reivindicar o fim do fator previdenciário, a
redução da jornada para 40 horas semanais sem redução do salário,
a reforma agrária, a
suspensão dos leilões de petróleo e
o fim do Projeto de Lei 4330 – uma proposta nefasta que acaba com
as relações de trabalho no Brasil (leia mais aqui).
“Além
da pauta da classe trabalhadora, também vamos intensificar
as
boas reivindicações que vieram das manifestações de rua, entre
elas: mais investimentos em saúde e educação e transporte público
de qualidade. Aliás, os sindicatos da CUT sempre tiveram esses três
itens entre suas demandas”, diz Jaqueline.
Reforma
política – Jaqueline
destaca que, apesar dos problemas que o país ainda vive, é preciso
levar em consideração que o Brasil melhorou muito nos últimos dez
anos. “Para avançar ainda mais, o Sindicato, assim como a CUT,
acredita que é preciso mudar a estrutura arcaica que atrasa o
desenvolvimento do Brasil, fazendo
reformas que modernizem o Estado. Uma delas é a reforma política,
proposta pela presidenta Dilma e já rechaçada pela oposição e
pela grande imprensa”, diz Jaqueline, lembrando que a reforma
política é uma reivindicação história da CUT (leia
aqui).