Demitido
pelo
Bradesco no
início do ano, apesar de ser portador de doença ocupacional,
Gilvan Gomes decidiu entrar com ação judicial na primeira quinzena
de junho. Os
advogados
do Sindicato entraram
com o processo no dia 11 de junho. No dia seguinte, a tutela
antecipada havia sido garantida pela juíza Keitiane da Rocha Porter,
da 2ª Vara do Trabalho em Igarassu.
“O inusitado desta ação
foi o tempo recorde de concessão e cumprimento da liminar. Com 24
horas, o processo foi despachado e em 48 horas, o oficial de justiça
cumpriu a decisão”, afirma Pedro Paulo, advogado
que presta serviços ao Sindicato.
Reintegrado
no dia 13 de junho, Gilvan foi convocado pelo banco para realizar
nesta terça, 25, os exames de retorno. No entanto, os médicos da
empresa consideraram que ele não tinha condições de retornar
ao trabalho. “Vamos entrar em contato como Bradesco para definir
como fica a situação dele”, explica o secretário de Saúde do
Sindicato, Wellington Trindade.
Gilvan tem uma trajetória de
27 anos como bancário. Passou pelo
Itaú,
pelo
Banco
Francês Brasileiro
e
pelo
BCN,
depois
incorporado
pelo Bradesco.
Tem,
também,
um histórico
de
quase
15 anos
de doença
ocupacional,
com
lesões
nos
punhos,
antebraço
e ombros.
Em
2001,
ainda
no BCN,
chegou
a
ser demitido
e
reincorporado
aos
quadros
do
banco,
desta
vez
sem necessidade
de
procurar
a
via
judicial.
Doze
anos depois, no dia 2 de janeiro
passado
–mesma
data
em que
fora
dispensado
da
vez anterior –, Gilvan foi
demitido
novamente.
“Procurei
o
Sindicato,
que
me
encaminhou
ao
médico
e
a perícia
do
INSS
constatou
a lesão.
Fiquei
afastado
até
o final
de
abril
e, no começo
de
junho,
decidimos
buscar
a via judicial.
Felizmente,
o processo
foi
rápido”,
conta
o bancário.