O Sindicato e a
Contraf-CUT entregaram nesta quarta-feira (19) à direção do HSBC, em São Paulo,
a pauta de reivindicações específicas dos funcionários, aprovada no Encontro
Nacional realizado em maio (leia aqui). Durante a reunião, os representantes
dos bancários e do banco agendaram a primeira rodada de negociações para o dia
2 de julho.
Segundo o diretor do Sindicato, Alan Patrício, esta é a primeira vez que os bancários entregam ao HSBC
uma pauta de reivindicações na forma de minuta, visando aprimorar o processo
negocial e o fechamento de um Acordo Coletivo aditivo à Convenção Coletiva. “Esperamos
seriedade do banco para que o processo negocial seja produtivo. Vamos cobrar respostas
às reivindicações apresentadas já no próximo encontro”, afirma Alan, que também
é secretário de Assuntos Jurídico da Contraf-CUT.
Além da negociação do dia 2, o Sindicato e o banco agendaram a segunda rodada
de discussões para o dia 30 de julho e pré-agendaram o terceiro encontro para o
dia 31 de julho.”Esperamos que a direção do HSBC compreenda que a pauta
apresentada representa os problemas enfrentados no dia a dia de seus funcionários
e que ao resolvê-los a empresa também sai ganhando. Não podemos admitir o
aumento de eficiência do banco em detrimento da saúde e da qualidade de vida
dos funcionários, sem qualquer tipo de contrapartida, nem ao menos a garantia
do emprego”, protesta Miguel Pereira, secretário de Organização da
Contraf-CUT.
A pauta de reivindicações completa contém 42 cláusulas (clique aqui para acessá-la na
íntegra). Entre as prioridades estão o fim das demissões e a implantação de
dispositivos de garantia de emprego, além da contratação urgente de mais
bancários e o fim das terceirizações. Os funcionários também querem um plano de
cargos e salários (PCS) para acabar com a atual distorção salarial entre os trabalhadores
que ocupam os mesmos cargos e implantar uma nova tabela salarial, que garanta,
entre outros pontos, a antiguidade e critérios de evolução vertical na empresa.
A revisão dos programas de remuneração variável (PPR) e do tratamento
dispensado aos acometidos por doenças ocupacionais, afastados ou não do
trabalho, melhorias no plano de saúde e fim do assédio moral também fazem parte
da pauta.