Encontro de delegados sindicais organiza a luta dos bancários

Os delegados sindicais
dos bancos públicos se reuniram nesta sexta-feira, dia 14, no
Sindicato, para discutir as reivindicações específicas e os
resultados dos congressos nacionais do Banco do Brasil, Caixa e BNB.
(leia aqui
e aqui).
O encontro também serviu para discutir a organização dos bancários
para a Campanha Nacional 2013.

Para a presidenta do Sindicato,
Jaqueline Mello, o encontro foi muito positivo, principalmente pela
grande participação dos delegados de todos os bancos públicos.
“Pudemos discutir a situação em cada empresa e, mais uma vez,
constatamos que os problemas são comuns em todos os bancos. As
péssimas condições de trabalho, a falta de funcionários, os
ataques aos direitos, a pressão, o desrespeito à jornada, o assédio
moral… tudo isso continua sendo um problema muito grande em todos os bancos. Para
enfrentar todo este desrespeito, só com mobilização e muita luta”,
avalia Jaqueline.

Além da presença massiva dos
representantes sindicais de base, a atividade desta sexta contou
ainda com a participação do secretário de Organização da
Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro), Miguel Pereira. Para ele, encontros como este, de
delegados sindicais, são fundamentais para a organização dos
bancários.

“A OLT (Organização por Local de Trabalho) é
uma das principais reivindicações que nós apresentamos para o
governo, com o objetivo de alterar a legislação e garantir a
organização interna nas empresas. Parabéns ao Sindicato dos
Bancários de Pernambuco que tem este fórum e mantém reuniões
periódicas com os delegados”, disse Miguel.

>> Ouça
reportagem sobre o Encontro de Delegados Sindicais na Rádio dos
Bancários

Combate à terceirização – Para o
dirigente da Contraf-CUT, o papel do delegado sindical ganha mais
importância neste momento em que os trabalhadores estão lutando
contra o Projeto de Lei 4330, que escancara a terceirização no
Brasil. “Além de discutir as questões específicas de cada
empresa, o delegados sindicais também debateram neste encontro o PL
da Terceirização. A pretexto de regulamentar esta questão, o
projeto precariza as relações de trabalho e permite, inclusive, que
atividades-fim sejam terceirizadas”, explicou Miguel.

Durante
o debate sobre terceirização, Miguel destacou os impactos que a
aprovação do Projeto de Lei pode gerar na categoria bancária.
“Hoje a gente já sofre com a terceirização. É comum
encontrarmos nos bancos dois trabalhadores, um contratado e o outro
terceirizado, trabalhando lado a lado, na mesma função, sendo que o
funcionário tem um salário melhor e mais direitos. Os bancos fazem
isso para enfraquecer a luta sindical. O sindicato dos bancários não
representa o terceirizado, que fica à margem da nossa Convenção
Coletiva. E se o projeto de lei passar no Congresso, a situação vai
piorar”, avaliou.

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