O
roteiro de visitas do
Sindicato aos bancários do
Sertão pernambucano, na
semana passada, teve de ser
refeito por conta
de uma situação emergencial: o assalto à agência do Banco do
Brasil em Afrânio. Apesar de ter acontecido durante a madrugada,
quando o banco estava fechado, a investida resultou em mais de uma
hora de troca
de tiros. Resultado: a cidade inteira ficou assustada, e mais ainda
os trabalhadores da unidade.
Os dirigentes do Sindicato, Adeílton
Filho
e Gilvan Santana, estavam em Afogados da Ingazeira quando souberam do
crime.
Tiveram de
suspender as visitas à Afogados e partiram para Afrânio.
Encontraram as duas portas quebradas e os bancários tensos. “Já
houve uma outra tentativa de assalto, do mesmo tipo e na mesma
agência, no início do ano, o que deixou
os trabalhadores ainda mais nervosos”, afirma Adeílton.
Segundo
ele, três carros chegaram por volta da meia noite. Um grupo quebrou
as duas portas da agência e arrombou o cofre. No entanto, o alarme
disparou e os policiais, que ficam em um batalhão nas imediações,
iniciaram uma troca de tiros que se estendeu durante uma hora e meia,
deixando moradores em pânico.
A agência vai ficar fechada
durante toda a semana, até que as portas estejam consertadas e ela
esteja em condições de funcionamento. “Também estamos
contactando a Cassi (Caixa
de Assistência dos Funcionários do BB)
para providenciar o
atendimento aos bancários
porque, apesar de não estarem no local, a violência do incidente
gerou uma tensão muito grande na unidade”, diz Adeílton.
Outras
cidades – Além de
Afrânio, o Sindicato visitou Iguaraci,
Itapetim, Santa Terezinha, São José do Egito, Serra Talhada,
Sertânia, Solidão, Tabira e Tuparetama.
As
visitas para Carnaíba, Flores, Triunfo, Afogados da Ingazeira e
Betânia tiveram de
ser canceladas e serão reagendadas para uma próxima viagem.
Os
maiores problemas foram encontrados na agência do Banco do Brasil em
São José do Egito, que continua em reforma. Em visita anterior, o
Sindicato já havia denunciado a situação da unidade, cuja reforma
deveria ter sido concluída em setembro do ano passado.
“A
agência está funcionando apenas no andar superior. Os clientes são
obrigados a subir três lances
de escada, inclusive
as mulheres
gestantes, deficientes e idosos”, denuncia Adeílton.
Outro
problema, segundo ele, é a falta de água para beber. O banco não
está providenciando água mineral para os funcionários, que estão
tendo que tomar água da torneira.