Falta de porta
giratória com detector de metal, inexistência de biombos protetores
da bateria de caixas, ausência de cabines blindadas para vigilantes
e falta de vigilância externa. Eis alguns dos itens que levaram o
Ministério Público de Pernambuco a concluir que as agências
bancárias em Serra Talhada, no Sertão do estado – do Bradesco,
Santander e da Caixa Econômica Federal – são inseguras, e expõem
ao risco a vida de clientes, funcionários e até dos profissionais
de segurança.
O total desrespeito às normas de proteção ao
consumidor e aos trabalhadores foram constatadas por vistoria
determinada pelo promotor Antônio Rolemberg Júnior, e deve resultar
em ajuizamento de ação que obrigue os bancos a cumprirem as normas
vitais de segurança. Segundo declarou à imprensa local, “alguns
bancos vêm funcionando com plano de segurança defasado”. O mínimo
que pode acontecer é as instituições serem multadas.
Para o
secretário de Esportes, Cultura e Lazer do Sindicato, Adeílton
Filho, é ótimo saber que o promotor vê a necessidade da segurança
bancária nas agências do interior e está agindo. “É um exemplo
para outros locais, pois, se na capital temos problemas, no interior
é muito pior, e há tempos o Sindicato denuncia isso. O Bradesco,
por exemplo, não tem porta de segurança em nenhuma agência”,
reforça o diretor, que é funcionário do Bradesco e acompanha de
perto a situação dos bancários do interior.
A vistoria
aconteceu após audiência pública, realizada em 23 de abril último,
convocada pelo promotor Rolemberg, na tentativa de buscar soluções
para a crescente incidência de caixas eletrônicos dinamitados. Na
ocasião, ele deu prazo de 72 horas para os bancos responderem a
questionário sobre os itens de segurança das agências. Só a Caixa
respondeu. Daí a fiscalização.
O mesmo promotor participou
de audiência pública em Floresta, dia 9 de abril, convocada pelo
vereador Alexandre de Almeida (PT); o Sindicato foi convidado e
enviou os diretores Adeílton Filho e Gilvan Santana como
representantes (leia mais aqui). Na ocasião, Adeílton apontou, além
da obrigatoriedade de portas com detectores metal, a colocação de
divisórias protetoras na bateria de caixas como prioritária, na
medida em que garante a privacidade do cliente no momento da operação
bancária: “Nos lugares onde existem os biombos, diminuiu muito o
chamado crime da saidinha dos bancos. Parece que o promotor Rolemberg
se convenceu da importância disso”, afirma.
Em Floresta, o
dirigente ressaltou a parceria que o Sindicato mantém com o
Ministério Público e prefeituras, que resultou em várias leis de
segurança bancária, a exemplo do Recife. “Nos colocamos à
disposição de vereadores e promotores para colaborar com a criação
de leis nesse sentido em todo o interior”, reitera Adeílton Filho.