Sindicato participa do Grito da Terra Pernambuco

O
Sindicato se uniu aos milhares de trabalhadores rurais que tomaram,
na tarde desta terça dia 30
– véspera do Dia do Trabalhador, as ruas da Boa Vista. A
mobilização, organizada pela Fetape (Federação
dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco),
com apoio da CUT-PE, cobra respostas
para a pauta com 56 itens entregue, no último dia 15, ao governador
Eduardo Campos. “Os bancários são solidários à luta do pessoal
do campo. Somos todos trabalhadores”, afirma o diretor do
Sindicato, Ronaldo Cordeiro.

Na Avenida Conde da Boa Vista,
marcharam agricultores vindos das várias regiões do estado. Gente
que perdeu seus
animais e sua produção por conta da seca no estado. Ou assalariados
que sofrem com a crise do setor sucroalcooleiro e com os
insuficientes investimentos na diversificação da produção. Ao
invés de ações
que respondam a situações emergenciais,
eles pedem políticas públicas estruturadoras e que o
campo seja incluído no processo de desenvolvimento do estado.

Os
participantes do Grito se concentraram na rua Gervásio Pires, de
onde seguiram pela Conde da Boa Vista até a Assembleia Legislativa e
Palácio do Governo. Uma reunião com secretários de Estado também
já está marcada para a primeira quinzena de maio para debater a
pauta dos trabalhadores rurais.

Entre as reivindicações
estão a criação da Secretaria de Agricultura Familiar do Estado –
que hoje é uma secretaria executiva; a implementação da Política
Estadual de Convivência com o Semiárido; a criação e
implementação de um Plano de Reestruturação Produtiva para a Zona
da Mata; a ampliação de carros-pipas e do volume de alimentos para
os animais, de forma a atender todas as comunidades rurais do
Semiárido; e a manutenção do Programa Chapéu de Palha Estiagem
para agricultores familiares dos municípios que decretaram Estado de
Emergência, durante todo o período de seca.

Contra
a terceirização

– Além do Sindicato dos Bancários, outros sindicatos se uniram à
marcha dos trabalhadores rurais, antecipando as atividades do Dia do
Trabalhador. Um dos grandes alvos do protesto, para os trabalhadores
urbanos, foi o substitutivo que tramita na Câmara e que libera a
terceirização na atividade-fim.

A medida estabelece ainda a
responsabilidade subsidiária, na qual o contratante não arca com os
compromissos trabalhistas, caso a prestadora de serviço não quite
com suas obrigações junto ao trabalhador. E ressuscita a antiga
Emenda 3, que autoriza a criação de empresas formadas por apenas
uma pessoa. Dessa forma, qualquer trabalhador pode ser pressionado a
se tornar prestador de serviço e, dessa forma, perder direitos.

A
CUT aproveitou a passeata desta terça para coletar assinaturas
contra a medida. Clique aqui
para
ler e assinar on line o manifesto. 

Expediente:
Presidente: Fabiano Moura • Secretária de Comunicação: Sandra Trajano  Jornalista ResponsávelBeatriz Albuquerque • Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto • Produção de audiovisual: Kevin Miguel •  Designer Bruno Lombardi