Protestos,
manifestações e paralisações marcaram, nesta terça-feira, 30,
em todo o país, o Dia Nacional de Luta do funcionários do Banco do
Brasil contra o novo plano de funções comissionadas da empresa. Em
Pernambuco a manifestação ocorreu em frente ao Edifício Capiba, na
avenida Rio Branco, no Recife Antigo, onde funciona a
superintendência do banco. Às 10 horas da manhã, diversos
trabalhadores do BB pararam suas atividades e se dirigiram para a
entrada do edifício onde permaneceram por uma hora.

Vestidos
de preto e munidos de faixas e cartazes, os manifestantes cobraram do
Banco do Brasil a abertura de negociações sobre o novo plano de
funções. Uma paródia da música “A Volta da Asa Branca”, de
Luiz Gonzaga, foi executada pelo trio de pé de serra “Os Coroas do
Forró”, dando um tom de bom-humor ao protesto.

A secretária
de Assuntos da Mulher do Sindicato e funcionária do BB, Sandra
Trajano, detalhou os problemas causados pelo novo plano de funções.
“Ele foi implantado
unilateralmente pelo banco no dia 28 de janeiro, alterando
drasticamente a carreira do funcionalismo, com prejuízo para os
trabalhadores. Com isso, o banco está reduzindo o salario dos
funcionários e transformando o valor de referencia, VR, em teto dos
cargos comissionados. Além de diminuir o valor das funções
gratificadas e rebaixar o valor do adicional de função de
confiança”, alertou a dirigente bancária.

As mazelas
impostas pelo BB a seus funcionários também reflete na qualidade do
atendimento. O que recai sobre
clientes e usuários do banco. O assédio sofrido para a aquisição
de produtos, vendidos pelos bancários no intuito de cumprir suas
metas, desagrada a população.

“O Banco do Brasil só tem
fachada. É um banco que não dá apoio em nada aos seus clientes.
Primeiro, nós somos obrigados a fazer capitalização, seguro, essas
coisas que sabemos que é pra cumprir as metas dos funcionários. O
atendimento é zero, porque faltam bancários”, reclamou Maria José
Batista, cliente do BB.

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de fotos do protesto
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Já os funcionários demonstram toda
insatisfação com as práticas autoritárias impostas pelo Banco do
Brasil. “Eu acredito que o banco perdeu a grande oportunidade
de, junto com o movimento sindical, fazer uma negociação que
contemplasse aspectos de avanços na carreira do funcionalismo. No
lugar do diálogo, a empresa impôs de forma unilateral uma série de
pontos que desagradaram, e muito, toda a categoria. O que é que
acontece: os funcionários estão reagindo em todo pais, e isso é o
reflexo de uma categoria que esta insatisfeita com o que foi
colocado. Até os salários tiveram uma diminuição na ordem de
16,25 %. O que a gente espera é que o banco volte a negociar com o
movimento sindical e que seja encontrada a melhor saída dialogada”,
afirmou Pablo Marinho, funcionário do setor de Controles Internos do
BB.

Para o diretor do Sindicato, Renato Brito, que trabalha no
prédio do BB onde ocorreu a manifestação desta terça, a atividade
foi muito positiva porque mostrou para a direção do Banco do Brasil
que os funcionários estão dispostos para lutar. “A avaliação é
positiva, o protesto teve a participação expressiva dos
funcionários do prédio”, disse.