Sindicato debate sobre a presença norte-americana no Nordeste nos anos 60 na próxima quinta

Na próxima
quinta-feira, dia 2 de maio, o Sindicato proporciona mais um momento
de debate e reflexão sobre a história de luta dos pernambucanos. A
terceira edição do ciclo de palestras que visa trazer à tona os
fatos importantes do estado que foram “esquecidos” pelos livros
didáticos irá contar com a presença do jornalista Vandeck
Santiago.

Vandeck vai falar sobre a presença norte-americana
no Nordeste nos anos 60. O tema é fruto de reportagem premiada
produzida por ele para o caderno especial do Diário de Pernambuco. E
premiação é o que não falta em seu currículo. Entre elas,
destaque para os prêmios Esso e Embratel.

Repórter especial
do Diário de Pernambuco, Vandeck Santiago está no jornal desde o
início de 2001. Passou pelas sucursais de Veja, Folha de S. Paulo e
Jornal do Brasil. Nascido no Recife, é bacharel em Jornalismo pela
Universidade Católica de Pernambuco e Pós-graduado em História e
Jornalismo pela mesma instituição. Seus especiais já viraram
livros, como “Josué de Castro – O Gênio Silenciado” e
“Francisco Julião e as Ligas Camponesas”.

No
caderno sobre a presença norte-americana no Nordeste nos anos 60, o
jornalista enfatiza o interesse do governo Kennedy pela atuação das
ligas camponesas e pela tensão social que havia na região naquela
época, além de destacar a intervenção norte-americana nos
assuntos políticos e sociais do Nordeste no início da década de
60.

“No evento do Sindicato vou falar sobre esse tema que
eu considero esquecido na História do Brasil. Os americanos voltaram
os olhos para nosso país naquele início dos anos 60 a partir dos
acontecimentos do Nordeste. Em todo trabalho que você vê hoje sobre
o tema, seja na televisão, em documentário ou filme, parece que os
americanos vieram e ficaram unicamente no Rio de Janeiro e Brasília.
Não. Eles começaram pelo Nordeste. Foi a nossa região que
despertou a atenção do governo Kennedy pela atuação das ligas
camponesas, pela tensão social que havia aqui e pela semelhança que
a região tinha com Cuba, que havia feito sua revolução em 1959.
Minha ideia é resgatar essa história, mostrando como se deu essa
intervenção, que a gente tem de chamar assim mesmo: uma intervenção
nos assuntos políticos e sociais do Nordeste no início dos anos
60”, antecipa Vandeck.

A palestra começa às 19h, na sede
do Sindicato (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife).

>>
Ouça entrevista com Vandeck Santiago na Rádio dos Bancários

O
projeto –
O projeto é uma parceria do Sindicato e da CUT
Pernambuco com o recém-criado grupo Typhis, que reúne escritores e
jornalistas com trabalhos publicados sobre fatos e personagens
pernambucanos.

“O objetivo é jogar luz sobre a memória
popular, trazendo ao debate episódios que são patrimônio do povo
pernambucano”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.
“Com isso, esperamos contribuir para enriquecer a cultura,
sobretudo, de trabalhadores e estudantes, e estimular sua
participação na política nos tempos atuais”, completa.

Os
debates tiveram início no dia 6 de março, Data Magna do estado de
Pernambuco. O escritor Paulo Santos, autor do livro “A Noiva da
Revolução”, falou sobre o episódio que embasa a data magna e
que, no entanto, continua esquecido pela mídia e pela história
oficial: a Revolução de 1817.

A segunda edição foi
realizada no dia 3 de abril, com palestra do jornalista e escritor,
Urariano Mota, que também é bancário aposentado do Banco do
Brasil. Ele falou sobre o regime militar e os desmandos da ditadura
instalada no país, com foco em Pernambuco.

Expediente:
Presidente: Fabiano Moura • Secretária de Comunicação: Sandra Trajano  Jornalista ResponsávelBeatriz Albuquerque • Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto • Produção de audiovisual: Kevin Miguel •  Designer Bruno Lombardi