O
Sindicato realiza no próximo dia 25 assembleia com os bancários do
Banco do Brasil para deflagrar greve de 24 horas no dia 30 de abril.
O encontro será às 19h, na sede do Sindicato (Av. Manoel Borba,
564, Boa Vista, Recife). No dia 29, véspera da paralisação, o
Sindicato realiza nova assembleia, no mesmo local e horário, para
organizar a greve.
Os
bancários do Banco do Brasil
estão sofrendo com uma série de problemas que a direção da
empresa insiste em ignorar. Não bastasse o novo plano de funções
comissionadas, que está retirando direitos e rebaixando salários, o
BB cria novos problemas a cada dia e ainda por cima se recusa a
negociar com os sindicatos.
“Diante da falta de respeito do
banco, a Comissão Nacional dos Funcionários decidiu convocar greve
de 24 horas para o próximo dia 30 de abril. Vamos
construir uma grande paralisação para mostrar ao banco que os
funcionários não estão satisfeitos com a política da direção da
empresa”, diz a presidenta
do Sindicato, Jaqueline Mello.
O estopim da greve –
Depois de muita pressão dos
bancários, que realizaram dois dias nacionais de luta contra o novo
plano de funções, o Banco do Brasil aceitou negociar e marcou uma
reunião com os sindicatos para o dia 9 de abril. O BB, no entanto,
desmarcou a negociação em cima da hora, ignorando a presença de
dirigentes sindicais do país todo que estavam em Brasília para a
reunião, e disse que não discutiria o plano de funções.
“Esse
desrespeito do BB em cancelar a negociação de última hora foi o
estopim para a greve. Mas não temos problemas só com o plano de
funções. Ultimamente, temos recebido muitas denúncias de
funcionários que trabalharam para a Justiça Eleitoral nas últimas
eleições e estão sendo obrigados a tirar suas folgas, mesmo se não
for conveniente. Também estamos na luta para que a reestruturação
do CSO e do CSL não prejudique os bancários. São vários problemas
que o BB tem criado e que nos motivaram a convocar esta greve”,
explica Jaqueline.
Problemas do Plano de Funções –
Os bancários estão revoltados
com os problemas causados pelo novo plano de funções comissionadas,
segundo o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix. Ele conta
que, entre outras coisas, o banco está transformando o Valor de
Referência (VR) em teto dos cargos comissionados, diminuindo o valor
das funções gratificadas e rebaixando o valor do Adicional de
Função de Confiança.
“São vários os problemas causados
pelo novo plano. Na prática o banco está retirando direitos que
foram conquistados com muita luta e greve, como o adicional por
mérito, o aumento real de 36% no piso e o reajuste de mais de 16%
acima da inflação sobre todas as verbas salariais. Vamos construir
uma grande greve nacional no dia 30 para mostrar ao banco que não
admitimos este desrespeito com os nossos direitos”, conclui
Fabiano.
