Os bancários do
Santander realizaram nesta quinta-feira, 11, um Dia Nacional de Luta
contra a falta de funcionários e as péssimas condições de
trabalho. Durante os protestos, os trabalhadores exigiram mais
contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral,
melhores condições de saúde e de trabalho, mais segurança,
igualdade de oportunidades e valorização dos aposentados.
Em
Pernambuco, o Sindicato percorreu quatro agências no Recife (Arruda,
Afogados, Veneza/Conde da Boa Vista e Boa Viagem) e uma em Olinda
(Central) para levar aos trabalhadores do
banco e para a população a denúncia sobre os desmandos praticados
pelo banco espanhol no
Brasil.
Ao som dos “Coroas do Forró”, trio de pé
de serra que acompanhou as manifestações, os bancários cantaram
uma paródia da música Assum Preto, de Luiz Gonzaga, para denunciar
com bom-humor os problemas existentes no Santander.
A diretora
da Fetrafi-NE (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do
Nordeste), Tereza Souza, explicou que, por falta de compromisso do
Santander, as mesas de negociações permanentes não têm alcançado
nenhum avanço significativo. “O Brasil é o país mais lucrativo
do Santander, mas aqui seus funcionários adoecem por falta de
condições de trabalho e o atendimento aos clientes é péssimo”,
comenta Tereza.
Segundo o secretário de Administração do
Sindicato, Epaminondas Neto, que também é funcionário do
Santander, a atividade desta quinta foi bastante positiva. “Os
poucos funcionários do Santander estão trabalhando feito loucos
para atender a quantidade de cliente. A gente vê o semblante dos
funcionários pedindo ajuda. Os bancários estão revoltados e por
isso a participação foi muito boa neste Dia Nacional de Luta”,
comenta.
Apoio dos clientes – O protesto dos
bancários ganhou apoio dos clientes, que aproveitaram para reclamar
das filas enormes. No Arruda, a auxiliar de serviços gerais,
Evaneide Santos do Nascimento, reclamava que precisava resolver um
problema com o gerente, mas não conseguia ser atendido.
“A
falta de funcionário na agência é tão gritante que a unidade está
funcionando com um gerente de atendimento ‘emprestado’ de outra
agência. O que deve ter provocado problemas, também, no local de
origem do funcionário”, diz Epaminondas.
>> Ouça
reportagem do Dia de Luta na Rádio dos Bancários