Apesar da pressão de vários líderes da Câmara, o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), disse que não irá renunciar do cargo, mas aceitou, depois de apresentar resistência, abrir as sessões para manifestantes.
“Amanhã [quarta], nós vamos reabrir a sessão. Sessão aberta. Se houver manifestação, vamos ao artigo 272 do regimento”, disse o parlamentar, em referência ao artigo que diz que cabe ao presidente de comissão zelar pela “ordem” das reuniões do colegiado. Feliciano disse que só renunciaria se os petistas condenados no julgamento do ‘mensalão’ fizessem o mesmo, segundo o jornalista Gerson Camarotti, do G1.
O líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), afirmou que a renúncia foi objeto de apelo de “grande parte dos líderes da Câmara”. “Isso é um desrespeito, pois ele é uma pessoa incompatível com o cargo. Ele somente insiste porque lucra economica e politicamente com isso”, afirmou Valente, após reunião de Feliciano com o Colégio de Líderes e com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves.
Antes, em entrevista à Agência Brasil, Feliciano tinha dito que manteria, a princípio, as sessões fechadas, conforme havia decidido na última reunião, mas acrescentou que discutiria o tema na reunião. “A princípio, está da mesma forma como foi aprovado o requerimento. Vou conversar agora com o Colégio de Líderes, vou pedir a opinião do presidente para ver o que pode ser feito”, disse.
Manifestantes fora – Depois de três reuniões conturbadas, a CDHM aprovou, a pedido de Feliciano, requerimento para restringir o acesso às reuniões da comissão a deputados, assessores, convidados e à imprensa. A medida visa a conter as manifestações contrárias à permanência do presidente do colegiado no cargo.
Marco Feliciano é acusado de homofobia e racismo por ter postado nas redes sociais comentários considerados ofensivos a homossexuais e negros. Ele nega as acusações e já pediu desculpas pelas declarações publicadas na internet.