El Salvador irá investigar denúncia de plano para desestabilizar eleição na Venezuela

O presidente de El Salvador, Mauricio Funes, anunciou nesta terça-feira (09/04) que foi aberta uma investigação policial após o presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciar que membros da oposição venezuelana estariam usando mercenários salvadorenhos em plano para desestabilizar a eleição presidencial – marcada para domingo (14/04). Maduro chegou a afirmar que sua vida corria risco.

Falando ao canal MundoFox, Funes disse que, caso seja necessário, daria caráter judicial à investigação e sublinhou que Maduro é uma “pessoa séria”, por isso tem razões para fazer a denúncia.

O presidente salvadorenho lembrou que, no passado, grupos e partidos do país centro-americano participaram de ações de desestabilização contra governos de esquerda na América Latina. Funes citou na entrevista a tentativa em 2000 de assassinato do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, no Panamá, que contou com a participação de salvadorenhos, além dos atentados contra hotéis da ilha caribenha nos anos 1990, executados por mercenários de El Salvador.

Por fim, Funes recordou a captura, na Venezuela, do terrorista salvadorenho Francisco Chávez Abarca, em julho de 2010. Ele era procurado pela Interpol por ter colocado uma bomba em uma discoteca em um hotel de Havana, em 1997.

Denúncia – O chanceler venezuelano, Elias Jaua, afirmou no domingo (07/04) que existe uma conspiração entre mercenários da América Central que, em parceria com a oposição venezuelana, pretendem sabotar o processo eleitoral. “Temos elementos precisos que vinculam mercenários de El Salvador com membros da oposição que se organizam para gerar violência em nosso país”, disse.

Em entrevista ao canal Telesur, o ministro das Relações Exteriores denunciou que o grupo descoberto está ligado a Chávez Abarca, que por sua vez trabalhava para o terrorista Luis Posada Carriles.

“O objetivo deles é me matar, porque eles sabem que não podem vencer uma eleição livre e honesta. E por trás disto estão Roger Noriega e Otto Reich (ex-embaixadores norte-americanos)”, acusou Maduro no sábado.

O presidente interino já havia acusado Noriega e Reich de planejar um atentado, mas, no entanto contra a vida de Capriles. Segundo Maduro, os EUA têm o objetivo de desestabilizar a Venezuela e “promover posteriormente uma intervenção”. 

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