Sindicato e Banco do Nordeste retomam as negociações

O Sindicato e a
Contraf-CUT se reuniram com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) na
semana passada, para retomar a mesa de negociações permanentes. A
reunião, realizada nos dias 3 e 4, discutiu temas como a revisão do
PCR (Plano de Carreira e Remuneração), reestruturação, Programa
de Incentivo à Aposentadoria (PIA), atendimento nas agências,
convocação de concursados, ponto eletrônico e PLR (Participação
nos Lucros e Resultados).

Para o diretor do Sindicato,
Fernando Batata, que representa os bancários de Pernambuco nas
negociações nacionais com o BNB, a reunião foi bastante produtiva.
“Conseguimos arrancar compromissos importantes do banco, como a
revisão do PCR e acertos no ponto eletrônico. Conseguimos avançar
em algumas questões e, por isso, avaliamos que a negociação foi
positiva”, diz Batata.

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PCR –
O dirigente conta
que o
Sindicato reapresentou o Plano
de Carreira e Remuneração (PCR) para o banco, que deve encaminhá-lo
para os órgãos competentes. “A direção do BNB informou que os
trâmites, desde a análise interna da diretoria até a aprovação
da Dest, deve levar pelo menos seis meses”, conta Batata.

O
sindicato também cobrou uma solução imediata para o problema da
extrapolação da jornada. Em Pernambuco, assim como em outros
Estados, o funcionalismo é obrigado a bater o ponto e voltar a
trabalhar de graça. “A falta de bancários mais o trabalho com os
programas de combate à estiagem têm gerado muita hora extra que não
são pagas. Isso pode gerar um enorme passivo trabalhista para o
banco”, ressalta o dirigente.

O BNB informou que está
estudando um novo modelo de atendimento para tentar sanar os
problemas de lotação e carência de caixas. Quanto ao ponto
eletrônico, o banco afirmou que a orientação é contrária a
qualquer tipo de extrapolação. A recomendação é que o
funcionário bata o ponto no momento exato em que sair do trabalho e
que todas as horas extras sejam pagas.

Reestruturação – O
BNB afirmou que nas próximas duas semanas será apreciado pela
diretoria o primeiro modelo de reestruturação e que não há
comandos para prejudicar funcionário. A implantação desse modelo
de reestruturação, entretanto, ainda será discutida. Os
sindicalistas cobraram que, antes do processo, o banco apresente as
premissas e os impactos para os trabalhadores.

“O banco
disse que não haverá prejuízos para os trabalhadores e citou até
a contratação de 7.150 empregados, atendendo à reivindicação dos
sindicatos. Deixamos claro para o BNB que há problemas. Em
Pernambuco, por exemplo, o banco abriu cinco novas unidades, mas
convocou apenas quinze bancários concursados, deslocando dez de
outras unidades, que ficaram desfalcadas”, diz Batata.

Em
relação ao Programa de Incentivo à Aposentadoria, o banco
ressaltou que, apesar de já existir estudos, é um assunto que
depende da garantia de recursos externos, embora haja um empenho da
atual diretoria para resolver a questão. O movimento sindical teme
que, se o PIA não acontecer no mesmo momento da reestruturação, os
impactos sejam prejudiciais para o funcionalismo.

PLR
2012 –
Sobre o desconto na PLR 2012, referente ao
empréstimo oferecido aos bancários em 2011, os trabalhadores
solicitaram os cálculos e o relatório de quem precisou de crédito
para repactuar a dívida e não conseguiu em função da margem
consignada.

O banco informou que os juros foram reduzidos
para quem solicitou o CDC e que, a partir do dia 10 de abril, todos
os cálculos serão viabilizados via mensagem do banco. “Comentamos
que causou muita frustração o fato do BNB ter descontado o
adiantamento da PLR de 2011 sumariamente na PLR 2012, pois havia a
expectativa do banco promover tratamento diferenciado sobre o
adiantamento. Afinal, esse 99,9% do funcionalismo cumpriram as metas,
inclusive trabalhando em horas extras sem remuneração. Continuamos
aguardando que o BNB promova uma solução honrosa sobre o assunto”,
finaliza Batata.

Próxima negociação – Outra reunião
de negociação entre o BNB e os sindicatos deve acontecer até a
primeira semana de maio, quando os problemas de saúde entrarão em
pauta.

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