Medo de perder o emprego diminui no Brasil

O medo do desemprego entre os brasileiros caiu, segundo a pesquisa
Termômetros da Sociedade Brasileira, da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), divulgada na quarta 19. Apesar de o desempenho da
economia ter sido fraco, segundo a confederação, o Índice do Medo do
Desemprego (IMD) registrado em novembro de 2012 sofreu redução de 1,1%,
em relação a setembro, e de 2,6%, se comparado a novembro de 2011. A
Região Sudeste é onde esse medo registra os índices mais baixos, 72,2
pontos, pouco menos que a média nacional, 74,5.

Para essa pesquisa, a CNI usa como parâmetro o ano de 2003, quando o
índice foi fixado em 100 pontos. A partir daí, o medo do desemprego é
medido de acordo com a variação em relação a esse ano. O medo do
desemprego é maior nas regiões Norte e Centro Oeste, com o índice de
81,6 pontos. Em seguida, foram a Nordeste (75 pontos) e a Sul (74,2).

De acordo com o coordenador da pesquisa, o economista da CNI Marcelo
Azevedo, o IMD é uma mensuração momentânea, feita por meio de uma
pergunta direta, em que a pessoa responde se tem muito, pouco ou nenhum
medo do desemprego no dia em que deu a resposta.
Para Azevedo, as perspectivas para esse índice em 2013 são positivas,
especialmente levando em consideração o desempenho da indústria em 2012,
que foi tido como fraco. “O índice agora é considerado bom, mas
esperamos uma melhora para o ano que vem, em que a indústria deverá
poder contribuir com a geração de emprego e a formalização”, disse o
economista.

Segundo ele, um dos fatores que contribui para a queda do medo do
desemprego foi a formalização dos postos de trabalho em geral. Com a
informalidade, a insegurança em relação à perda do emprego aumenta,
devido à ausência de vínculos empregatícios e de amparo previdenciário.

Na pesquisa da CNI, também foi avaliado o Índice de Satisfação com a
Vida (ISV), que teve recuo de 0,7% em novembro, se comparado a setembro
de 2012, mas estável, se comparado a dezembro do ano passado. No mês
passado, o ISV atingiu 105,3 pontos para o Brasil como um todo. O método
de mensuração é o mesmo usado para o índice do medo do desemprego. A
Região Sudeste também registra o nível mais alto de satisfação com a
vida, 106 pontos; seguida pelas regiões Nordeste (105), Norte e Centro
Oeste (103,7) e Sul (101,9).

O coordenador da pesquisa informou que não há relação direta entre o
medo do desemprego e a satisfação com a vida. Daí ambos os índices terem
registrado queda, apesar de indicarem tendências inversamente
relacionadas. A queda do medo do desemprego poderia fazer a satisfação
com a vida aumentar, e vice-versa, o que não ocorreu.  “O índice de medo
do desemprego é uma mensuração muito mais pontual e direta, enquanto a
de satisfação faz a pessoa levar em conta outras variáveis”, explicou
Marcelo Azevedo.

A pesquisa Termômetros da Sociedade Brasileira entrevistou 2 mil
pessoas, em 142 municípios brasileiros de todos os estados da Federação.

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