Desemprego na América Latina e Caribe é maior entre as mulheres

O desemprego incide mais sobre as mulheres do que sobre os homens na
América Latina e no Caribe, apontam dados da Organização Internacional
do Trabalho (OIT) divulgados nesta quarta-feira (19) no relatório
Panorama Laboral 2012. De acordo com o estudo, as mulheres também
participam menos do mercado de trabalho, quando comparadas com a
população masculina.

A organização estima, no entanto, que existe uma tendência de redução
das diferenças em desemprego e participação no mercado entre homens e
mulheres no longo prazo.

A taxa de desemprego das mulheres na região como um todo foi 7,7% em
2012, a dos homens, 5,6%. No Brasil, a taxa para ambos os gêneros no
período foi um pouco abaixo da média, com 7,1% das mulheres
desempregadas e 4,5% dos homens.

O país com a taxa de desemprego feminino mais alta foi a Jamaica
(17,5%), seguida pela Colômbia (13,7) e pelo Paraguai (9,6%). As taxas
mais baixas foram as da Guatemala (1,9%), do Equador (5,6%) e Panamá
(5,5%). A Guatemala, inclusive, foi o único país em que a taxa de
desemprego feminina foi mais baixa do que a masculina (2,6%) este ano.

Sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho
latino-americano e caribenho, a taxa feminina foi 49,8% em 2012. A taxa
dos homens foi 71,4%. Essa taxa indica o percentual de mulheres
economicamente ativas no mercado – o que significa que elas têm menor
participação em comparação com os homens. No Brasil, essa participação
ficou em 49,1%, um pouco abaixo da média na região. Os homens tiveram
participação de 66,6%, também abaixo.

Os países com maior participação feminina no mercado são o Peru (60,8%) e
a Colômbia (60,2%). Os que têm menos são a República Dominicana (38%) e
Honduras (41,7%).

No estudo da organização, há um capítulo dedicado à análise do emprego
das mulheres latino-americanas e caribenhas no campo, local em que,
segundo a OIT, enfrentam uma desvantagem estrutural que limita as opções
de emprego – como as estruturas produtivas e a qualidade dos trabalhos.

“No campo, é mais rígida que nas cidades a divisão de tarefas outorgadas
aos homens – cuja principal responsabilidade é a produção – e às
mulheres, responsáveis pela reprodução. Elas são consideradas
trabalhadoras secundárias cuja função é, em última instância,
complementar ou invisível, como trabalhadoras familiares não remuneradas
ou como produtoras para o autoconsumo”, segundo trecho do estudo.

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