Termina prazo para compensar dias da greve nacional dos bancários

O
prazo para os funcionários de bancos públicos e privados
compensarem os dias parados durante a greve nacional dos bancários
2012 terminou no último sábado (15), conforme estabelece a
Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A exemplo de anos anteriores,
o acordo assinado entre a Contraf-CUT, as federações e os
sindicatos com a Fenaban, prevê o não desconto dos dias
parados.

Os dias de greve deviam ser compensados até 15 de
dezembro, de segunda a sexta-feira (exceto feriados), em no máximo
duas horas por dia. O que ultrapassou esse período tem de ser
abonado.

Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, o resultado positivo da Campanha Nacional deste ano foi garantido graças à mobilização e pressão dos bancários. Com a força da greve, conseguimos garantir uma grande proposta de acordo e encerrarmos mais uma Campanha Nacional vitoriosa”, destaca Jaqueline

Lutas
e conquistas –
Este
ano, a greve durou nove dias nos bancos privados e no BB e dez dias
na Caixa em todo país. A força do movimento arrancou reajuste de
7,5% nos salários (aumento real de 2%) e de 8,5% (ganho real de
2,95%) nos pisos, vales-refeição e cesta-alimentação.

Foi
o nono ano consecutivo de aumento real. Houve também melhorias na
PLR, com reajuste de 10% nas partes fixas. Assim, a regra básica da
PLR ficou em 90% do salário mais R$ 1.540. Já o teto da parcela
adicional da PLR, que corresponde à distribuição linear de 2% do
lucro líquido entre todos os bancários, foi para R$ 3.080.

Ainda
foram conquistados avanços sociais, como a inclusão de três novas
cláusulas de saúde, garantindo aos afastados que não ficarão mais
sem salário enquanto aguardam perícia do INSS ou devido à alta
programada. Na segurança bancária, foi atendida a proposta de
montar um projeto piloto em Recife, Olinda e Jaboatão, com
negociações em andamento.

Outra conquista importante foi a
realização de um novo censo da diversidade, em 2014, com o objetivo
de verificar as condições das mulheres, negros, negras e pessoas
com deficiência nos bancos. Será um diagnóstico muito importante
para comparar com os dados do censo anterior, avaliar os resultados
do plano de ação dos bancos e definir novas ações afirmativas no
rumo da igualdade de oportunidades.

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