Bancários do Itaú fecham agência em protesto contra horário estendido

O Sindicato realizou um
novo protesto contra a decisão unilateral do Itaú de implantar o
horário estendido de atendimento ao público. Na última
sexta-feira, dia 7, os bancários pararam as atividade da agência
Agamenon Magalhães, no Bairro da Ilha do Leite, uma das unidades
escolhidas pelo banco para funcionar em horário diferenciado no
Recife.

Segundo o secretário de Formação do Sindicato, João
Rufino, que é empregado do banco, a atividade foi bastante
produtiva. O dirigente explica que o Sindicato já havia conversado
com o Itaú e mostrado as inúmeras preocupação que tinha a
respeito do novo horário. “Só que na quinta-feira o banco decidiu
abrir esta agência da Agamenon até às 19 horas, ignorando todos os
problemas apontados pelo Sindicato, como a falta de segurança e a
extrapolação da jornada de trabalho”, explica Rufino.

>> Ouça reportagem sobre o protesto na Rádio dos Bancários

A
agência ficou fechada durante toda sexta-feira. “Fizemos uma
discussão com a clientela sobre o que significava o fechamento
daquela agência. Conversamos com os funcionários que chegavam e
também com uma pessoa do cartório que o banco chamou para
certificar que a unidade estava fechada. Além do protesto, o
fechamento da agência garantiu a segurança dos bancários, que
ficam mais vulneráveis aos possíveis assaltos com o horário
estendido”, esclareceu o dirigente.

O sindicalista também
relatou que a comissão nacional dos empregados do banco vem travando
esforços com a direção do Itaú no sentido de convencer o banco
das desvantagem apresentadas pelo projeto de implantação do horário
estendido de atendimento ao público.

“Já falamos três
vezes com o banco a respeito disso. Estamos mostrando a desvantagem
que isso traz e os diversos problemas também. Esse tipo de
atendimento discrimina a população na medida em que coloca clientes
e usuários em patamares diferentes no meio do expediente. Isso vai
fazer com que uma chuva de denuncias contra o Itaú chegue ao Banco
Central e ao Procon”, alerta Rufino.

Apesar do esforço dos
sindicatos para resolver o problema pela via negocial, João Rufino
aposta na mobilização como fator primordial para a resolução do
impasse. “O que a gente está vendo em nível nacional é que a
mobilização ainda é a melhor opção. Na semana anterior tivemos
uma atividade nacional de paralisação com protestos e isso não vai
para até que o banco volte atrás nas demissões, e, principalmente,
na questão da insegurança nas agência bancária”, conclui.

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