Em mais um dia de luta
contra a reestruturação do Banco do Brasil os bancários que
trabalham no CSO e CSL (Centros de Suportes Operacional e Logístico)
pararam por uma hora suas atividades nesta quinta-feira, dia 6, para
protestar contra o projeto elaborado pelo BB, que pretende transferir
do Recife para Belo Horizonte diversos setores administrativos. A
paralisação começou simultaneamente nos dois prédios por volta
das 10h.
Segundo o secretário-geral do Sindicato, Fabiano
Félix, que também empregado do BB, a atividade desta quinta foi
muito boa. Para o dirigente, os trabalhadores do CSL e CSO
demonstraram que estão indignados com a reestruturação e
participaram ativamente do protesto. “Nós também dialogamos com a
população pernambucana e recebemos muitos apoios. As pessoas
entendem que os prejuízos serão grandes para o Nordeste se esses
centros, CSO e CSL, forem para Minas Gerais”, diz.
Fabiano
conta ainda que, além dos protestos, o Sindicato está tratando, de
forma paralela, com diversos parlamentares a realização de
audiência pública na Câmara Municipal do Recife, na Assembleia
Legislativa de Pernambuco e no Congresso Nacional. “A ideia é que
a gente possa repercutir o problema da reestruturação para toda a
sociedade pernambucana e para todos os parlamentares do nosso estado
que estejam dispostos a nos ajudar nessa luta para manter Pernambuco
no centro decisório das operações do Banco do Brasil”, ressalta
o sindicalista.
>> Ouça reportagem sobre o protesto na Rádio dos Bancários
>> Confira a galeria de fotos da atividade
CSL – Como ocorreu na semana passada,
os trabalhadores do CSL vestiram-se de preto e foram para a frente do
prédio onde realizaram uma manifestação de protesto. Com faixas,
cartazes e carro de som, os trabalhadores mostraram para a população
que todo o estado de Pernambuco será prejudicado com a transferência
de importantes setores do Banco do Brasil para o Sudeste. Os
bancários também distribuíram carta aberta à população
explicando os problemas da reestruturação.
No decorrer da
atividade, os trabalhadores foram para a esquina da Rua Itacaré com
a avenida Mascarenhas de Moraes, ao lado da agência Imbiribeira,
onde realizaram uma panfletagem. Em seguida, votaram para o CSL e se
dirigiram ao Comitê (setor onde fica o gerente geral e demais
gestores do Centro), para exigir que os dirigentes locais solicitem
do Banco do Brasil a nota técnica com as explicações sobre o
processo de reestruturação do BB.
CSO – No
CSO, localizado no centro do Recife, o bancários também tomaram a
frente do prédio para denunciar os males do novo projeto de
reestruturação do banco, já conhecido como pacote de maldades. A
secretária de Assuntos da Mulher do Sindicato, Sandra Trajano,
destacou a participação dos funcionários do CSO na paralisação.
“A atividade foi bastante positiva com a participação de
um número grande de funcionários. Nós fizemos uma plenária na
entrada do prédio Capiba, e tivemos participações de diversos
funcionários. Os colegas se mostram revoltados com a postura do
banco de não explicar de forma clara e transparente esse projeto que
desativa grande parte do CSO e o CSL aqui, prejudicando todo o
trabalho do Nordeste. O Sindicato, inclusive, está em contato com
governador Eduardo Campos para cobrar apoio nessa luta”, explica a
dirigente bancária.
Apesar da demonstração de
que estão dispostos a irem a luta, o clima entre os funcionários
que trabalham no CSL é de apreensão, como expressa o delegado
sindical Cleóbulo Teixeira. “O sentimento generalizado aqui é de
pavor. Porque nós estamos no escuro. Não sabemos como ficará o
futuro dos funcionários envolvidos na reestruturação. Sabermos que
haverá cortes estupendos, mas ninguém sabe quantas pessoas serão
cortadas”, explica Cleóbulo.