As taxas de informalidade e de desocupação no Brasil estão caindo, e o
nível de atividade e do rendimento aumentando. É o que mostra o boletim
Mercado de Trabalho – Conjuntura e Análise, divulgado nesta terça-feira
(4) pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). A análise é
baseada nos dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do terceiro trimestre de
2012, feita nas regiões metropolitanas do Recife, de Salvador, Belo
Horizonte, do Rio de Janeiro, de São Paulo e Porto Alegre.
A taxa de desemprego caiu menos que o esperado, mas mostra continuidade
de queda ao longo do ano, interrompida apenas em junho. Com isso, a
média do período ficou em 5,4%, a menor da série histórica, e 0,6%
abaixo em comparação a do terceiro trimestre de 2011.
A queda no desemprego foi verificada em todas as regiões metropolitanas
pesquisadas, com destaque para Salvador, com diminuição de 2,8 pontos
percentuais, e Porto Alegre, que reduziu a desocupação em 1,3 ponto
percentual. O número de pessoas ocupadas chegou a 22,9 milhões no
período, com pico de 23,2 milhões em setembro.
A taxa de informalidade permaneceu estável de setembro para outubro,
ficando em 33,8% da população ocupada no período, o que representa queda
de 0,9 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre de 2011.
O rendimento médio real subiu para 2,5%, chegando ao valor de R$
1.758,52. O mais alto da série histórica foi verificado em março deste
ano, quando alcançou R$ 1.778,59. No grupo de trabalhadores sem carteira
assinada, os ganhos subiram para 5,8%.
A taxa de atividade, que traz o percentual da população economicamente
ativa em relação à população total, ficou em 57,1%, levemente abaixo dos
57,3% apresentados no mesmo período de 2011. O pico de 57,6% foi
registrado em setembro, o maior percentual para o mês nos últimos quatro
anos.